MotoGP, 2020, Valência: “Escolher a M1 de 2020 foi um erro”, diz Viñales

Por a 15 Novembro 2020 09:53

Maverick Viñales admite que escolher a moto mais recente foi um erro, pois só funciona quando a pista oferece muita aderência

Segundo o piloto da Monster Energy, a decisão errada foi tomada na escolha da mais recente Yamaha de entre as máquinas de Fábrica:

“Testei o modelo de 2019 e o de 2020, e o de 2020 não era melhor a menos que houvesse muita aderência na pista…”

Depois de andar para cima e para baixo nos resultados do MotoGP durante todo o ano, Maverick Viñales não tem dúvidas de que “cometemos um erro” ao selecionar a Yamaha de 2020: “A moto do ano passado foi mais competitiva em todas as pistas, não apenas em algumas.”

A Yamaha venceu 6 das 12 corridas até agora esta temporada, mas a passagem de bestial a besta para os pilotos Viñales e Quartararo significa que a fábrica está agora à beira de perder os três campeonatos mundiais para a Suzuki, que teve duas vitórias nas 3 corridas mais recentes.

A agravar a miséria para Viñales e Quartararo, Franco Morbidelli, montando a moto de especificação mais baixa A-Spec, muito baseada na máquina de 2019, tem sido muitas vezes mais competitivo do que os pilotos da Fábrica.

Esta tendência continuou durante a qualificação em Valência com Morbidelli na pole, Viñales 6º, Quartararo 11º e Valentino Rossi apenas 16º.

Morbidelli, já vencedor de duas corridas esta temporada, está agora a apenas oito pontos de terminar como o melhor piloto da Yamaha no campeonato do mundo, levantando dúvidas sobre as mudanças feitas para a máquina de especificação de fábrica desta temporada.

“Para mim, o mais importante neste momento é tentar perceber o que temos de fazer para o próximo ano, especialmente sobre a situação da traseira, porque às vezes lutamos muito”, disse Viñales.

“Temos sempre o mesmo problema, especialmente no gás, pois os pneus deslizam. Mas melhorámos algumas outras áreas que me dão muita confiança, por isso, no geral, estou feliz.”

“Melhorámos muito a travagem e a entrada em curva, mas não tocámos na aceleração depois do TL1, porque quanto mais fazemos para a área de aderência mais pioramos nas outras áreas.”

“Vamos ver se amanhã posso fazer uma melhoria na aderência da traseira e podemos fazer uma volta melhor. No momento, posso andar em 31 baixo por algumas voltas, o que é bom para estar entre os seis primeiros. Tentaremos melhorar amanhã de manhã. Se não, vamos concentrar-nos na próxima corrida em Portimão.”

“É importante dar um rumo à Yamaha porque neste momento, com a nova moto, estamos um pouco perdidos. Por isso, temos de encontrar uma boa direção para que possam trabalhar durante o inverno para trazer algo que realmente funcione na moto.”

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Paulo Araújo
Jornalista especialista de velocidade, MotoGP e SBK com mais de 36 anos de atividade, incluindo Imprensa, Radio e TV e trabalhos publicados no Reino Unido, Irlanda, Grécia, Canadá e Brasil além de Portugal
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