SBK, 2020: O dilema de Bautista na Honda

Por a 21 Abril 2020 15:00

A mudança para a Honda obrigou Álvaro Bautista a um ajuste radical, tendo passado a sua carreira anterior a correr com motores V4 tanto no MotoGP como nas Superbikes.

Álvaro Bautista reconhece que mudar para uma moto com um tetracilíndrico em linha tem exigido um ajuste fundamental na sua pilotagem.

Desde que subiu à classe rainha de MotoGP em 2010 com a Suzuki, o piloto espanhol competiu com motores V4 durante uma década, apesar de ter trocado entre vários fabricantes.

Depois de um ano de estreia bem-sucedido no Mundial de Superbike na época passada, levando a nova Ducati V4 R ao segundo lugar no campeonato de pilotos, Bautista optou por deixar a fábrica italiana para liderar o novo esforço da Honda nas SBK com a nova CBR1000RR-R.

Isto significa que Bautista tem vindo a adaptar-se a andar num motor quatro em linha pela primeira vez na sua carreira e admite que a mudança veio como um desafio maior do que o previsto.

“Sempre usei motores V4 em toda a minha carreira, em MotoGP e Superbikes. Este motor da Honda é um 4 em linha e parece muito diferente. Não sei se é melhor ou pior, mas é muito diferente”, disse Bautista num direto no Instagram das SBK ao vivo. “Neste momento, não estou habituado, mas espero que esta situação melhore mais e mais, para então poder trabalhar com o motor e melhorar a forma de o usar.”

Com o Campeonato Mundial de Superbike de 2020 a começar em Phillip Island antes da crise do coronavírus efetivamente travar todo o desporto, Bautista completou a sua estreia competitiva pela equipa da Honda com um par de sextos lugares, terminando a corrida no 16º lugar após uma queda antecipada.

Apesar dos atrasos tanto na temporada como no desenvolvimento do novo motor Honda, Bautista continua confiante em encontrar ganhos com a CBR1000RR-R Fireblade.

“Neste momento, é uma moto completamente nova, por isso temos de fazer muitas alterações. Nos testes de inverno trabalhámos para obter muitos dados. Para mim, o primeiro ponto forte da moto é o motor. É muito forte e sinto que tem muito potencial”, disse.

“Mas temos de colocar todas as peças no sítio certo para a desenvolver e usar todo o potencial. É melhor ter muita potência e trabalhar para a usar do que não ter potência. Neste momento, estamos no processo de chegar ao máximo potencial do conjunto.”

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