SBK: Retrospetiva a meio da época
A cada prova do Mundial de SBK, a diferença de pontos está em mudança constante, mas em 2019, o fenómeno é mais extremo que o normal.
A primeira parte do Campeonato Mundial de Superbike 2019 foi uma história de duas fases muito diferentes, com Álvaro Bautista (Ducati Aruba) e Jonathan Rea (Kawasaki Racing) frente-a-frente em luta pela supremacia.
Com umas impressionantes 23 vitórias entre eles nas primeiras 25 corridas do ano, (v d Mark, que ganhou a segunda corrida em Jerez e Davies na Corrida 2 nos EUA foram as exceções) é hora de olhar para trás e analisar como o intervalo evoluiu e diminuiu ao longo da temporada de 2019, e como mudou tão dramaticamente no espaço de apenas duas rondas no Reino Unido e nos EUA.
As três corridas de abertura foram todas para Bautista, com o rookie a abrir caminho com nove vitórias dominantes e esmagadoras na Austrália, Tailândia e em casa em Espanha.
Nessa altura, nem mesmo a neve pod
ia deter o Espanhol de 34 anos, que levou mais duas vitórias na Holanda, com uma vantagem de 55 pontos a seu favor quando o campeonato chegou a Imola.
Enquanto Bautista dominava, Rea tinha sido um forte segundo nas primeiras 10 corridas, antes de cair para terceiro na Corrida 2 em Assen, quando o herói de casa Michael van der Mark (Yamaha Pata) venceu e o relegou para segundo.
Mas a maré pareceu mudar um pouco em Imola, já de si uma pista em que se esperava que Rea superasse o seu rival no campeonato. Duas vitórias para Rea na Corrida 1 e na Corrida Superpole antes do cancelamento da Corrida 2 deixou a diferença em 43 pontos e, de repente, Jonathan Rea parecia ter esperança.
Jerez, no entanto, foi um desastre para Rea, que foi penalizado com o último lugar na grelha por derrubar Alex Lowes (Yamaha Pata) na curva final da Corrida 1, antes de voltar para terminar em quarto na Corrida Superpole – aumentando a diferença de novo para 61 pontos.
No entanto, as coisas começaram a correr menos bem para Bautista quando ele sofreu o seu primeiro acidente da temporada logo no começo da Corrida 2. Rea só conseguiu terminar em segundo, mas a diferença era agora de 41 pontos – a menor desde ano antes de Assen. O acidente de Bautista na Corrida 2 marcou o início de uma infeliz série de quatro rondas para o espanhol, com cada prova marcada por um acidente do diminuto espanhol.
Rea conquistou a liderança do campeonato com um triplete de vitórias em casa em Donington Park, mas depois em Laguna Seca, saiu com uma impressionante vantagem de 81 pontos depois de mais três corridas sem pontos para Bautista.
No total, é um balanço de 142 pontos, uma conquista incrível e quase impensável do quatro vezes campeão de Superbike em apenas 10 corridas.
É a maior reviravolta nos pontos da história das SBK e, normalmente, uma vantagem de 81 pontos seria suficiente para uma vitória nesta temporada – mas com três corridas por prova e a pura imprevisibilidade do campeonato em 2019, quem sabe?
E não é apenas a diferença entre os dois primeiros, já que a batalha pelo terceiro lugar no campeonato realmente explodiu também.
De um total de 94 pontos, cobrindo entre o terceiro e o oitavo no campeonato após a Corrida 2 em Jerez, a diferença é agora de apenas 50 – com Lowes a passar para terceiro e o sexto, sétimo e oitavo todos a alcançar pódios em Laguna Seca: Toprak Razgatlioglu (Kawasaki Puccetti), Chaz Davies (Ducati Aruba) e Tom Sykes (BMW Motorrad).
O que é mais atraente é que quatro diferentes fabricantes estão envolvidos, com o terceiro e o quarto lugar na classificação ocupados pela dupla da Yamaha Pata Alex Lowes e Michael van der Mark.
Com batalhas ao longo de todo o pelotão pelos lugares seguintes, quem sabe como as diferenças irão oscilar durante as rondas restantes.
Será que a batalha pelo terceiro terá impacto na batalha pelo campeonato, ou alguém poderia potencialmente preencher o intervalo entre o primeiro e o terceiro – atualmente em 213 pontos?
Tantas perguntas que aguardam respostas no que é uma temporada cativante de SBK- e a prova portuguesa de Portimão vai ter um papel decisivo no desfecho!