BANZAI BOLLE – Uma Honda CB900F Bol D’Or muito especial

Por a 24 Julho 2018 13:54

A história de “Banzai-Bolle” está directamente relacionada com a competição “Built not Bought”. Nunca ouviu falar ? Nem nós…. É um evento de três dias que acontece uma vez por ano no circuito de Spreewaldring, a uma hora ao sul de Berlim, e parece uma enorme loucura.

O fotógrafo Sven Wedemeyer da Bike EXIF é um fã. De acordo com o mesmo a corrida mistura clássicas, Customs, Vintage Racers e outros géneros “sem género”. Há de tudo, desde vencedores de TT pré-guerra até Sidecars , motos a 2 tempos e Superbikes Clássicas.

A Banzai é um modelo “Bol d’Or” de 1983, que venceu duas vezes a classe Superbikes Clássica e simboliza o espírito caótico deste evento. É apresentada pela equipa excêntrica “Banzai”, composta pelo piloto Sascha Bellon e pelos mecânicos René Freudenberg e Torsten Friebel.

O trio tem corrido com “Banzai-Bolle” há quatro anos – mas foram necessárias algumas preparações sérias para chegarem ao pódio. Os estágios iniciais do desenvolvimento deixaram a moto menos e menos montável, com histórias de fugas de óleo e incêndios não programados. No ano passado, o piloto Sacha que continuava a raspar as laterais nas curvas, então em 2018 a equipe decidiu fazer uma sessão de brainstorm de forma a melhorar o ângulo de inclinação.

Esta Bol d’Or monta agora pistões Wiseco de 985 cc, uma cambota com bielas polidas e uma embraiagem melhorada. As cabeças foram otimizadas também, graças a inúmeras horas investidas por Sacha e uma Dremel. A Banzai-Bolle agora “respira” melhor através de um conjunto Mikuni TMR 36s, e um quatro-em-um com silenciador Micron. A potência está atualmente entre 110 e 120 CV- acima dos 95CV que traz de fábrica .

 

O estilo de pilotagem de Sascha,   uma mistura de agressividade e controle em pista, não apenas inspirou o nome da equipe, mas também estimulou uma revisão séria do chassi.

A equipe precisava de uma moto dadora para se ir buscar peças. “Uma Ducati teria oferecido peças melhores, mas era muito cara”, comentaram. Foi então uma Yamaha YZF1000R Thunderace do final dos anos 90, que forneceu a suspensão dianteira, travões, roda e avanços . Um estabilizador de suspensão personalizado e um amortecedor de direção de uma Suzuki GSX-R completam o novo “front end”. A roda traseira é de uma CBR1000 de 1989 e é acoplada ao sólido sistema de travagem traseiro OEM da uma CB900.

O quadro foi encurtado na parte de trás, limpo e reforçado em vários pontos. Na parte de cima há uma secção em liga leve, tirada e de uma antiga Simson de competição de 50 cc . Na frente manteve-se o tanque de combustível da CB900F, mas polido, revestido e decorado com os auto-colantes da própria equipe. No motor foi desmontado o motor de arranque e instalou-se uma ignição Ignitech. Montaram também um conjunto de peseiras personalizadas e um blipper na caixa de velocidades.

Embora o Banzai-Bolle tenha ficado em primeiro lugar na sua categoria no evento de 2017, a maior parte do trabalho desenvolvido ocorreu durante o inverno passado. Por isso, não é de admirar que a equipe tenha repetido o seu sucesso este ano .Mas a equipa nunca está contente e neste momento já se está a desenhar uma versão em fibra de carbono da secção traseira final.

De acordo com o fotógrafo Sven, a Banzai-Bolle é “uma moto de corrida especialmente preparada, com especificações ambiciosas e muito bem construída. O mais importante é que esta história diz muito sobre a cultura de motos em geral: amizade, prazer e confraternização – e competições discretas que se podem realizar com praticamente qualquer moto.

Fotos de Sven Wedemeyer / WHEELS OF STIL

Imagem de Burnout de Klaus Angermann.

Fonte Bike EXIF

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Pedro Rocha
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