GP Espanha Moto3: Corrida de loucos com vitória de Aron Canet ao milímetro

Aron Canet assegurou a sua primeira vitória no Moto3, depois de uma grande corrida, decidida apenas em cima da meta, depois duma ultrapassagem a Joan Mir e Romano Fenati  na última curva.

Foi mais uma corrida, como tantas outras no Moto3, decidida nos metros finais depois de grande equilíbrio volta após volta.  Jorge Martin arrancou da pole position e conseguiu, por momentos, assegurar o primeiro  lugar, com Romano Fenati a ir para segundo. Ainda na primeira volta, tudo se alterou e nunca mais as posições se mantiveram por mais de 15 segundos, numa corrida de ‘loucos’…

Os cinco principais protagonistas da prova, que realmente se destacaram,  foram Marcos Ramirez, Romano Fenati, Darryn Binder, Joan Mir e Aron Canet, apesar do grupo da frente, por várias vezes ter contado também com a presença de Andrea Migno e Fabio Di Giannantonio.

Tal como é habitual no Moto3, foi mais uma daquelas corridas impossíveis de relatar volta a volta, pois as posições alteravam-se muitas vezes, várias vezes na mesma volta. Contudo, foram Marcos Ramirez, Fenati e Darryn Binder  os que mais tempo e mais vezes estiveram nos lugares do pódio.

Binder caiu na 10º volta numa situação de “encosto” com Romano Fenati, sem que tivesse existido qualquer irregularidade, mas perdendo definitivamente a possibilidade de lutar pela vitória. Daí para a frente a luta continuou, agora com a presença de Aron Canet mais perto das posições do pódio, mas com uma permanente troca de  posições, que impossibilitava prever quem poderia ganhar a corrida.

Nas duas últimas voltas, Romano Fenati afastou-se ligeiramente no comando, talvez uns 2 ou 3 metros, o que foi a liderança mais marcada de toda a corrida. No entanto esse domínio não resultou, sendo novamente engolido pelo pelotão. À entrada para a última curva, Aron Canet deu o ‘golpe de misericórdia’ e passou para a liderança, ganhando o seu primeiro Grande Prémio. Curiosamente, no final o vencedor da corrida não pode celebrar a vitória com o tradicional champanhe, por ter apenas 17 anos. Um mal menor, pois o importante, estava feito…

Pedro Mendes

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