Dakar 2017 – A representar Portugal – Hélder Rodrigues

Por a 1 Janeiro 2017 10:20

Hélder Fernando Simões Cerqueira Rodrigues, ou Estrelinha, nasceu em Lisboa a 28 de Fevereiro de 1979 e começou a andar de moto aos sete anos e desde então não parou de colecionar títulos no Motocross, Enduro e Todo o terreno.

Ele é mais conhecido pelas suas participações no Rali Dakar, mas já antes de participar neste desafio pelo deserto tinha uma impressionante carreira. Tudo começou em 1994 numa prova do Campeonato Regional de Motocross “Foi com uma moto emprestada. Apesar das más condições da moto ainda consegui terminar na terceira posição, o que pode ser considerado uma vitória”.

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Depois de crescer nos eventos regionais e nacionais, Hélder ganhou o seu primeiro Campeonato Nacional de Enduro em 1999, ao pilotar uma Yamaha 250. Nesse mesmo ano ficou em segundo na classe 250cc no Europeu de Enduro, e ganhou a medalha de ouro ISDE. Seguiriam-se sete títulos nacionais de Enduro, ficando também no top 10 do Campeonato do Mundo de Enduro.

Em 2006 ele assumiu um novo desafio, decidindo correr no Rali Dakar desse ano, fazendo parte da equipa Bianchi Prata, terminando na 9.ª posição e o título de melhor estreante da prova.

No Lisboa Dakar 2007, após ter ficado a apenas 16 segundos de Ruben Faria na primeira etapa, Hélder Rodrigues venceu a segunda etapa entre Portimão e Málaga e passou a liderar a classificação geral das motos, que perdeu na terceira etapa. Nesta edição do rali, venceu ainda a décima etapa, disputada em redor de Néma na Mauritânia, vindo a terminar a prova no quinto lugar.

Na penúltima etapa do Rali todo-o-terreno da Argentina, Hélder Rodrigues sofreu um grave acidente que levou a que se retirasse o seu baço, e a que tivesse sido necessária uma cirurgia a um dos seus braços. O piloto recuperou totalmente.

Com a passagem do Dakar para a América do Sul, Hélder Rodrigues, voltou a terminar na 5ª posição em 2009 e esteve em destaque ao vencer a última etapa. Voltou ao Dakar em 2010, terminando na 4.ª posição e igualando o recorde de Carlos Sousa com o melhor registo de um piloto português no famoso rali aventura.

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Mas a Estrelinha acabaria por fazer melhor que Sousa em 2011 ao conseguir o terceiro lugar na mítica prova. Um ano em cheio para Hélder Rodrigues que foi campeão do Mundo de ralis de Todo o terreno e foi considerado o atleta do ano na Gala da Confederação do Desporto.

Em 2012, Hélder voltou a mostrar a razão porque é um dos maiores embaixadores do Todo o terreno ao terminar novamente na terceira posição no Dakar e ao vencer duas etapas. No ano seguinte é 7º na grande maratona sul americana e pelo sétimo ano consecutivo terminar a prova no top 10.

helder-rodrigues-2012

Em 2014, Hélder Rodrigues volta ao serviço da Honda, consegue o quinto lugar na grande aventura sul americana. No ano seguinte o piloto de Almargem Bispo volta a estar em destaque no Dakar ao vencer duas especiais e acabando por terminar no 12º lugar da geral.

Já 2016, marca o regresso de Hélder Rodrigues à Yamaha e o piloto português volta a estar no top 10 do Dakar ao terminar a prova na quinta posição da geral e vencendo uma especial. Ou seja, nos últimos 10 anos de presenças no Dakar, o piloto de Almargem do Bispo apenas por uma vez ficou fora do top 10, o que diz bem da regularidade e da capacidade de Hélder Rodrigues que está ao nível dos melhores pilotos do Mundo.

helder rodrigues

Para a edição de 2017, um dos mais experientes pilotos portugueses no Dakar não tem dúvidas que a prova “vai ser decidida pela regularidade da velocidade que temos ao longo dela. Ao mesmo tempo acho que a 9ª e 10ª etapas, respetivamente, serão dois dias muito importantes”. Outro factor que também não será de descartar é as elevadas altitudes que os concorrentes terão pela frente, situação que promete fazer danos. “Acho que a altitude é um dos aspectos que poderá causar problemas. Não só em termos do piloto em si, mas também da máquina e toda a estrutura da equipa. Todos vão ter dificuldades em gerir a altitude. Porém na minha opinião o maior problema serão sempre os 15 dias de prova e o que pode acontecer durante esse período de tempo”.

Hélder Rodrigues não esconde por isso que:  “O objetivo é evoluir e superar o melhor desempenho já conseguido no Dakar”.

Hélder Rodrigues

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Virgílio Machado
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