WSBK: Scott Redding devastado com a decisão da Bonovo

A decisão de Jurgen Roder de se retirar com a Bonovo Action do Mundial de Superbike no final do ano, caiu como uma bomba no paddock. Scott Redding terá que procurar outra equipa fora do seio da BMW, mas o britânico ainda tem um ano de contrato com a marca alemã.

No último domingo, a BMW fez história com Toprak Razgatlioglu: pela primeira vez, o fabricante alemão venceu todas as três corridas de Superbike num fim de semana, desde Marco Melandri, em 26 de agosto de 2012. Um dia depois, na segunda-feira, a bomba estourou: a BMW e a equipa Bonovo vão seguir caminhos separados após esta temporada, e a equipa em torno do proprietário Jürgen Röder e do chefe da equipa Michael Galinski vai sair  do campeonato do mundo no final do ano.

Se isto pareceu um golpe baixo para o piloto da Bonovo, Garrett Gerloff  (o contrato do texano com a BMW expira no final do ano), para o companheiro de equipa Scott Redding, a situação é mais complicada. O inglês foi trazido para a BMW no outono de 2021, depois de terminar em 2º e 3º lugar no campeonato do mundo com a equipa de fábrica da Ducati. A colaboração era de longo prazo e falava-se num contrato de quatro anos. 2024 será a terceira temporada de Redding com a BMW, mas já houve uma disputa entre as partes contratantes no ano passado.

Quando Toprak Razgatlioglu assinou pela BMW em maio de 2023, cinco pilotos repentinamente fecharam um acordo para 2024. Além do turco e Redding, eles eram Gerloff, Michael van der Mark e Loris Baz, mas há apenas quatro M1000RRs em campo nesta temporada. Redding teve que abrir caminho para Toprak e foi transferido da ROKiT para a Bonovo.

Redding sempre disse que gostaria de cumprir o seu contrato com a BMW e continuar a conduzir pela marca premium alemã pelo quarto ano em 2025. Para o 12 vezes vencedor de corridas, uma coisa é certa: aos 31 anos  quer permanecer no Mundial de Superbike. E avalia que tem pelo menos cinco bons anos pela frente, já que o campeão mundial Álvaro Bautista completa 40 anos em novembro próximo.

A BMW não oferecerá a Redding uma moto de fábrica para o Campeonato do Mundo de Superbike de 2025 (Toprak Razagatlioglu e Michael Van der Mark estão confirmados para 2025), e a separação do britânico é a consequência. Alguns contratos de pilotos prevêem indenização em caso de rescisão antecipada, que em certos casos pode ser equivalente a um salário anual – ou até superior.

As equipas de fábrica Honda (Vierge, Lecuona), Bimota by Kawasaki (Alex Lowes, Bassani) e Yamaha (Rea, Locatelli) já foram preenchidas para o próximo ano. A Ducati quer continuar com Bautista e Bulega, mas ainda não assinaram. De qualquer forma, parece fora de equação um regresso de Redding  à equipa de fábrica Aruba.it Racing.

Ricardo Ferreira

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