Na tarde desta quinta-feira, Jonathan Rea (Kawasaki) e Toprak Razgatlioglu (Yamaha) encontraram-se no Estoril pela primeira vez desde a colisão no Campeonato do Mundo de Superbike em Assen.
Fotos de Patrick De Muynck/bigtwin.nl
A promotora do SBK Dorna, definiu os horários das entrevistas em vídeo na tarde de quinta-feira, de tal forma que Jonathan Rea e Toprak Razgatlioglu tiveram que se cruzar no centro de mídia do Circuito do Estoril. “Atrasei-me três minutos, mas eles seguraram o Toprak até que eu chegasse”, sorriu Rea. “Eles adoram drama – cumprimentamo-nos com os punhos cerrados, nada mais aconteceu.”
A colisão dos dois campeões mundiais na segunda corrida de SBK em Assen foi a emoção do fim de semana. Houve muita conversa e escrita depois, e mesmo três semanas e meia depois, há opiniões diferentes sobre a questão da culpa.
“Vi vídeos, fotos e gravações a bordo. Continuo a ver o acidente como o descrevi no domingo”, disse o hexacampeão mundial Jonathan Rea. “O Toprak tem uma opinião diferente da minha e não está inteiramente errado no que diz. Mas quantas vezes ele se atrasou no ápice de uma curva e acertou em outro piloto? O Toprak não acelerou totalmente porque não queria sair da linha. Eu sabia que ele tinha estragado aquela curva. Eu dirigi a minha linha com a minha velocidade, pendurei por dentro ao lado da minha moto e já estava olhando para a próxima curva. não estava focado no Toprak, mas na minha linha. A coisa toda começou com um erro da sua parte e terminou numa colisão infeliz. Foi um acidente de corrida, nada mais, mas ele poderia ter evitado a colisão aceitando que cometeu um erro. Eu também lhe poderia ter dado espaço, na verdade nenhum de nós está numa posição confortável neste assunto.“
“Só ele sabe o que se passava na sua mente enquanto conduzia 20 km/h mais lento que o normal. Ele tomou essa decisão, havia uma brecha, eu aproveitei e depois colidimos.”
