SBK, Estoril: Azares na última prova
A diferença na luta pelo título era grande, mas o desfecho foi dramático, com os protagonistas principais a terem uma azar cada um, ironicamente, como em 1993 há 27 anos!
Nas corridas de moto, nunca se pode ter 100% de certeza de nada. Isso nunca esteve mais claro do que na sessão Superpole Tissot, quando Redding sofreu uma grande queda logo no início, sem marcar um tempo.
O mais rápido em todas as sessões até então, estava a fazer o que precisava para lutar pelo título, mas a queda colocou-o em último lugar na grelha. Era fácil dar o veredicto a Jonny Rea, mas logo a seguir tudo mudou: Rea caiu na Curva 4, mas conseguiu uma volta cronometrada, o que significa que começaria em 15º lugar, o seu pior resultado na Superpole em 10 anos. Mas e se Redding não tivesse caído, ou se Redding tivesse liderado a corrida ao título?
Apesar da diferença acumulada, o drama das quedas fazia com que, na verdade, antes da Corrida 1, tudo era imprevisível. Depois de tudo o que 2020 mostrou, quem apostaria contra o homem mais rápido do fim de semana conseguir a vitória, enquanto o campeão eleito sofria um problema?
Não era para ser, com Rea a vencer o Campeonato com o seu quarto na corrida, e Redding a retirar-se, mas mais uma vez, a imprevisibilidade pôs as coisas em perspetiva…
Em 1993, num eco distante, o Campeonato disputava-se entre a Kawasaki de Russell e a Ducati de Fogarty… Russell abandonou com problemas de embraiagem, mas quando Fogarty caiu a seguir nos esses, o primeiro título da Kawasaki ficou decidido no Estoril, tal como o sétimo este fim-de-semana!