SBK, 2021: Transferências são tema quente

Por a 26 Agosto 2021 15:30

Ainda com a temporada 2021 em pleno andamento, continua a falar-se de quem vai estar aonde em 2022

O Campeonato Mundial de Superbike 2021 entra na segunda metade e há muitos mexericos, desde a potencial chegada de um vencedor em GP MotoGP até um baralha e volta a dar em torno das atuais estrelas de fábrica da SBK, pelo poderemos ver um novo colorido na grelha de 2022.

As últimas assinaturas para 2022 incluem a mudança da Honda para a Ducati para Álvaro Bautista (Team HRC) e da Ducati para a BMW de Scott Redding (Ducati Aruba), que se juntará à equipa oficial da BMW Motorrad para o próximo ano, substituído na Ducati por Bautista. Pondo fim aos rumores de uma possível ida para a MotoGP, Jonathan Rea (Kawasaki Racing) saudou a sua “oportunidade incrível” para 2022 com a KRT ao lado do companheiro de equipa Alex Lowes.

Na Yamaha, Toprak Razgatlioglu (Yamaha Pata Brixx) permanecerá na equipa de fábrica, enquanto Garrett Gerloff (Yamaha GRT) está confirmado dentro da família Yamaha.

Loris Cresson (Pedercini Racing) já está num acordo de dois anos mas, para além disso, ainda não há anúncios formais sobre o alinhamento do próximo ano, com muitos pilotos ainda por assinar.

Um dos grandes nomes potencialmente a mudar-se para as Superbike é Danilo Petrucci.

Duas vezes vencedor de um Grande Prémio em MotoGP e dispensado pela KTM em 2022, o simpático italiano começou a sua carreira no paddock SBK ao terminar como vice-campeão na Superstock com quatro vitórias, e não excluiu um regresso ao paddock SBK ao falar durante o GP da Estíria:

“Tenho de ver outras provas nas SBK ou talvez mudar para as categorias de todo-terreno. Voltar às SBK é uma opção; espero voltar a gostar de montar e lutar por vitórias. Se isso pudesse acontecer nas SBK, ou noutro sítio qualquer, seria ótimo”.

Depois de lhe terem dito que ele é excedentário dentro da BMW, Tom Sykes está à procura de uma nova equipa para 2022. Falando em Navarra na sexta-feira sobre o seu futuro, Sykes também declarou: “Restam algumas posições muito competitivas e tem havido algumas trocas de lugares. Tudo o que precisamos de fazer agora é reagir de uma forma positiva e tentar encontrar a melhor situação.”

Falando sobre a perspetiva de ser um piloto da BMW apoiado pela fábrica, mas numa equipa independente, Sykes afirmou: “Claro que seria interessante se eu tivesse algumas pessoas a apoiar-me. Se eu pudesse levar algumas pessoas comigo e se for um contrato de fábrica, com apoio de fábrica, então é claro que é de interesse”.

No entanto, ao falar com o Eurosport no domingo sobre a sua ligação ao projeto HRC, Sykes afirmou: “É um nome muito grande e uma marca fantástica. Eu e Leon Camier somos bons companheiros e velhos parceiros de treino, e ele compreende o jogo e o nível dos pilotos, por isso sim, é de grande interesse”.

Numa conversa com o site alemão Speedweek, Chaz Davies (Team GoEleven) falou abertamente sobre a perspetiva de aderir à HRC: “A Honda só tem de olhar para o meu currículo. Neste Campeonato ganhei corridas com três fabricantes e em quatro motos diferentes: Aprilia, BMW, e com a V2 e V4 da Ducati. Isto prova a minha versatilidade e a minha capacidade de obter bons resultados. Também não perdi o meu entusiasmo pelo desporto, embora tenha tido algumas corridas difíceis. Ainda estou pronto a dar tudo. Se algo acontecer na Honda, penso que posso dar a volta às coisas. Espero poder contribuir algo para o projeto com a minha experiência”.

Davies e Leon Camier, diretor da equipa HRC, são também amigos íntimos, mas as formalidades mantêm-se: “Se eu não for o homem certo para a posição, ele dirá à Honda e a mim”.

“Leon ajudou-me e trabalhou comigo em três eventos no ano passado. Ele sabe como eu trabalho, conhece os meus pontos fortes e sabe o que estou a fazer na boxe para ser bem-sucedido. Jovem e rápido é bom. Jovem e rápido e inexperiente é outra coisa, no Campeonato Mundial de Superbike. A Honda tem um projeto em crescimento, pelo que é necessário um equilíbrio entre velocidade e experiência”.

Com Bautista de regresso à Ducati, é óbvio que a Honda terá pelo menos um novo piloto para 2022. Leon Camier deixou claro durante a Ronda Checa que ainda não foram tomadas decisões e que ambos os lugares ainda estão vagos para 2022: “Ainda não confirmámos nenhum piloto. Obviamente, muitos rumores, como de costume, nesta altura do ano. É interessante algumas das coisas que tenho ouvido!”

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Paulo Araújo
Jornalista especialista de velocidade, MotoGP e SBK com mais de 36 anos de atividade, incluindo Imprensa, Radio e TV e trabalhos publicados no Reino Unido, Irlanda, Grécia, Canadá e Brasil além de Portugal
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