SBK, 2021: Que reserva o futuro a Davies?

Por a 27 Outubro 2020 17:30

O Galês falou do que vem a seguir, se a equipa BMW satélite é uma possibilidade, e pergunta porque a Ducati não conseguiu dar-lhe uma “boa razão” para o seu despedimento

Numa revelação de acontecimentos recentes, Chaz Davies falou de telefonemas ignorados, ter de ler entre as linhas sobre a sua partida da Ducati e como é impossível não levar a peito a decisão, qunbado ainda por cima ganhou a última corrida do ano…

O Campeonato do Mundo de Superbike de 2020 chegou ao fim, e há uma pergunta na boca de todos: o que vai acontecer a Chaz Davies?

Terceiro no Campeonato em 2020 pela segunda vez, o Galês não vai continuar na Ducati na próxima temporada, tendo sido substituído por Michael Ruben Rinaldi. Mas, sem futuro confirmado e sem motos de fábrica disponíveis, algo que Chaz já disse ser indispensável para lutar pelo título, para onde poderá ele ir?

Falando após a Corrida 1 no Estoril, Davies revelou um pouco sobre o seu futuro: “Tenho alguma coisas entre mãos? Não. Há algumas coisas a ser faladas? Sim. Imaginem ver as coisas pelo meu lado e sentir que não podia lutar pelo Campeonato, por não ter todo o apoio à minha volta, já estamos a começar com uma desculpa. Não estou a dizer que será essa a situação, mas se não estiver numa equipa de fábrica, então automaticamente não terei todo o apoio.”

Em termos factuais, ainda há muitos lugares na Ducati disponíveis na classe; nenhuma das equipas independentes da Ducati ainda assinou os seus pilotos, e não há nada de concreto para 2021, incluindo a Equipa Goeleven, que foram vencedores. No entanto, em resposta ao que tem em termos realistas, Davies disse: “Opções reais neste momento? Nenhuma!”

Uma das melhores posições ainda disponíveis é a Yamaha Ten Kate, com Loris Baz atualmente não confirmado; há também a confirmação de uma segunda equipa da BMW, mas Davies tem reticências.

“Sim e não”, respondeu ele a uma pergunta sobre se houve ou não algum contacto entre ele e a BMW. “Obviamente fiz a pergunta, porque estou fora da Ducati e apeado, mas ninguém respondeu ao meu telefonema, o que me diz que eles não me querem. Não estou a ver muito bem uma história com a BMW”, concluiu.

Falando sobre a separação com a Ducati, Davies não se conteve e disse que ninguém na Ducati lhe deu uma boa razão: “Para ser honesto, ninguém me deu uma boa razão para o despedimento, por isso tenho de ler um pouco nas entrelinhas. A única coisa que Luigi Dall’Igna mencionou uma vez foi a Superpole, que aceitarei foi uma fraqueza minha. No entanto, contrariaria isso com o facto de termos alcançado uma certa estabilidade com a moto e o pacote e não sinto que precise de mudar muito, por isso acho que estamos em melhor posição agora para trabalhar numa configuração específica de qualificação. É impossível não levar esta decisão como uma afronta pessoal. Dói, dói muito, na verdade.”

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Paulo Araújo
Jornalista especialista de velocidade, MotoGP e SBK com mais de 36 anos de atividade, incluindo Imprensa, Radio e TV e trabalhos publicados no Reino Unido, Irlanda, Grécia, Canadá e Brasil além de Portugal
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