SBK, 2021: Os problemas da Ducati em Donington
O que correu mal para a Ducati na Corrida 1 de Donington Park, onde a melhor Ducati Panigale foi a de um rookie privado em 10º?
O fabricante baseado em Bolonha lutou com vários problemas na Corrida 1 com um melhor resultado de décimo do independente Axel Bassani…
Foi um dia difícil para todas as máquinas da Ducati na grelha do Mundial Superbike em Donington Park.
Redding caiu logo à segunda volta e nem ía no grupo da frente, enquanto Michael Ruben Rinaldi (Ducati Aruba) foi o piloto de fábrica da Ducati mais bem colocado em 12º, ainda atrás de Bassani e Davies.
A chuva saudou os pilotos quando o Treino Livre 3 começou no sábado de manhã com a revelação Bassani (47) o piloto mais rápido da Ducati.
Na sessão de 30 minutos em condições de chuva, o rookie salientou-se, reclamando o sexto lugar, mesmo assim a cerca de três segundos do ritmo de Jonathan Rea (Kawasaki Racing).
Scott Redding (Ducati Aruba) conseguiu o sexto lugar na grelha na sessão da Tissot Superpole, mas viu a sua corrida terminar muito cedo após uma queda na Curva 4 à segunda volta.
Rinaldi reclamou o 12º lugar na Corrida 1 depois de ter partido do oitavo lugar da grelha, perdendo quatro lugares, enquanto Chaz Davies (Team GoEleven) começou em nono e terminou em 11º.
Tito Rabat (Barni Racing Team) foi um dos retirados da corrida de 23 voltas com um problema técnico depois de completar 13 voltas, o que significa que apenas três das cinco máquinas Ducati marcaram pontos depois de chegarem à Ronda do Reino Unido, na sequência de duas vitórias em Misano.
Falando no difícil sábado da Ducati, Redding disse: “Estou apenas a lutar pelo controlo, não sei realmente o que se está a passar neste momento. Normalmente na chuva sou bastante forte, mas parece que estou num ringue de patinagem no gelo aí fora. Os outros estão a ultrapassar-me, e nem sequer se estão a esforçar. É um pouco difícil para mim. Estamos a fazer uma coisa com os ajustes, depois estamos a fazer outra, e é apenas tentativa e erro o tempo todo, por isso não estou realmente a ganhar ritmo. Estou a inclinar-me para a curva e já sinto a traseira a deslizar. Assim que toco no acelerador, está a derrapar. Não há sensação de ter aderência e é bastante difícil em torno de um circuito como este não ter aderência traseira à entrada de curva!”
Explicando o que pensa que está a causar os problemas e pode ter contribuído para o seu acidente de corrida, Redding acrescentou:
“O problema é que não estou realmente a conseguir o ritmo aqui. Não tenho a sensação que normalmente tenho com a moto, parece que estou a lutar muito e não é suave. E é por isso que, na chuva, é difícil e no seco é difícil. A queda foi provavelmente porque estava a tentar fazer algo que a moto não queria fazer, tinha mais ângulo de inclinação que os outros para tentar fazer a mesma curva no topo de Craner e foi provavelmente por isso que me apanhou e os outros conseguiram escapar”.
Rinaldi estava igualmente desanimado depois de terminar fora dos dez primeiros, dizendo:
“Hoje foi uma corrida difícil. Estava seriamente abaixo das nossas expectativas. Ganhámos em Misano e chegámos aqui cheios de confiança, mas a sério, não consegui montar da forma que queria e falta-nos algo. Os comentários são os mesmos de Aragón, por isso precisamos de compreender o que está a acontecer quando não estamos nas condições certas mas não se pode ganhar corridas numa e depois na corrida seguinte de levar tantos segundos, por isso falta algo agora e o que podemos fazer é apenas trabalhar o máximo, porque já mostrámos o nosso potencial”.