CNV: Arranque animado no Estoril
Num fim de semana recheado de competição em duas rodas nas mais diversas disciplinas o Circuito do Estoril acolheu a primeira prova elegível para o Campeonato Nacional de Velocidade de 2018.
Com sete dezenas de pilotos em pista foi debaixo de condições mistas que todos enfrentaram o primeiro duelo do ano aos comandos das suas máquinas, pois a chuva voltou a cobrir de água o tapete de asfalto, especialmente no sábado quando se realizaram os primeiros treinos oficiais da temporada e também uma derradeira ronda de treinos privados.
Interesse maior ao redor da classe Superbike, onde Rui Reigoto defende o ceptro conquistado em 2017 numa época onde as máquinas Superstock 600 apenas tiveram dois representantes depois do crónico vencedor da classe, Ivo Lopes, estar em 2018 aos comandos de uma 1000cc. Na qualificação para a prova foi Tiago Magalhães, com uma mais evoluída Aprilia RSV 4RF o autor da pole-position na frente de André Pires e Rui Reigoto, com Magalhães a conseguir quase dois segundos de vantagem sobre o rival mais próximo.
Com 17 voltas em agenda a corrida seria no entanto totalmente distinta e foi Rui Reigoto quem conseguiu vencer perante Ivo Lopes que saindo da 10ª posição na estreia com a 1000cc rapidamente encostou nos primeiros e chegou mesmo a comandar o pelotão.
Na terceira volta Tiago Magalhães foi vitima de uma queda quando lutava com Reigoto e Lopes na frente da corrida, ficando André Pires na terceira posição onde veio a receber a bandeira de xadrez atrás de Rui Reigoto, o vencedor, e Ivo Lopes, segundo classificado. Nelson Rosa e Rui Marto fecharam o lote dos cinco primeiros pela mesma ordem. Entre as Superstock 600 foi Jesus Macarro quem venceu.
Competitividade máxima
Animada foi igualmente a corrida onde estiveram as 85GP/Moto4, Pré-Moto3 e a nova classe Supersport 300, categoria onde mais máquinas eram esperadas e onde se notou a ausência da equipa da Samurai a participar na segunda ronda do Mundial da categoria.
Pedro Fraga foi o autor da ‘pole’ na frente de Kiko Maria e Angel Dominguez, mas ao longo da corrida apenas três pilotos passaram pela liderança, Pedro Fraga, Pedro Fragoso e Kiko Maria. Fraga seria penalizado com uma passagem pela linha de boxes (ultrapassagem em situação de bandeiras amarelas) e desceu ao oitavo posto, recuperando depois até terceiro mas ficando fora da luta pela vitória, que na derradeira volta foi assegurada por Kiko Maria ao passar Pedro Fragoso na derradeira curva do circuito.
O regressado Alex Costa venceu nas Supersport 300 ao ser quarto da geral e Gonçalo Ribeiro foi o melhor nas 85GP após uma corrida onde metade do pelotão abandonou e onde esteve o protótipo TLMoto em pista com Jorge Afonso.
No Troféu ENI – Taça Luis Carreira foram duas as corridas realizadas por todos os pilotos, com vitórias no primeiro confronto para Jorge Afonso na Open, João Trancoso nas SBK e João Vieira nas SS. Na segunda corrida Armindo Neves venceu na Open, Trancoso repetiu a dose nas SBK tal como João Vieira nas SS.
Nota muito positiva para as 12 máquinas que integram o pelotão da Kawasaki Zcup e que mais uma vez animaram de sobremaneira o pelotão do Troféu ENI – Taça Luis Carreira. Na primeira corrida foi Paulo Vicente quem venceu na frente de António Maximiano e Frederic Bottoglieri – separados por menos de três décimas de segundo – para na segunda corrida ser António Maximiano o melhor na frente de Nuno Farias e Paulo Vicente.
Duas corridas realizaram igualmente os pilotos da Copa Dunlop Motoval vencendo na primeira corrida Tiago Nogueira na classe 1 e Filipe Lourenço na classe 2. Na segunda corrida Tiago Nogueira venceu novamente, mas na classe 2 venceu Alexandre Rosado.
A segunda ronda do campeonato leva a caravana até ao traçado do Autódromo Internacional do Algarve no mês de junho.