CNV 2022, Estoril I: Romeu Leite bisa triunfo no arranque de temporada

Por a 18 Abril 2022 09:56

Sol, público e mais de uma centena de pilotos em pista marcaram o arranque do campeonato nacional de velocidade 2022 no Estoril. Romeu Leite (Yamaha) bisou o triunfo na classe maior das Superbike, tal como Guillem Trallero (Kawasaki) nas Superstock 600 onde Tiago Morgado e Pedro Fragoso foram os adversários mais próximos.

Na primeira paragem do ano foi o Circuito do Estoril e o Motor Clube do Estoril quem fez as honras de abrir a temporada e o saldo foi mais que positivo. Com programa dividido entre os dias de sexta-feira e Sábado todas as categorias cumpriram pela primeira vez um alinhamento de fim‑de‑semana que leva todas as categorias a realizarem duas corridas por fim‑de‑semana, alteração essa que visa aumentar a presença em pista para todos os pilotos e que a julgar pelos excelentes momentos de competição vividos é uma aposta desde já ganha.

Debaixo de temperaturas de Verão e com quase ausência de vento ao longo dos dois dias de prova, o ‘paddock’ esteve sempre muito bem recheado de audiência popular que não quis perder o regresso ao público sem restrições. E foi de forma muito positiva que os ‘actores’ em pista responderam, mostrando toda a magia própria de assistir a uma corrida de velocidade ao vivo.

As corridas

No total foram 11 as corridas com ordem de arranque durante o fim‑de‑semana – no sábado a BMW Dunlop Cup realizou a sua corrida – todas elas com maior ou menor motivo de interesse, como atesta a vitória tranquila de Romeu Leite em ambos os confrontos na SBK, o primeiro na frente de Guillem Trallero e Tiago Morgado. na segunda corrida foi Tiago Morgado o segundo na frente de André Gonçalves. Nas 600cc – e no primeiro dia – o mais rápido foi Guillem Trallero na frente de Pedro Fragoso e Jamie Davids.

Tal como na classe maior no segundo dia o vencedor foi novamente Trallero que derrotou tal como no dia anterior Pedro Fragoso e Jamie Davids.

Acabaram por se destacar ambas as corridas reservadas ás motos das classes Supersport 300 e Pre-Moto3, duas classes que colocaram na grelha de partida um interessantes número de 23 motos. Com 14 voltas ao circuito a corrida mostrou ser bem animada, infelizmente não pela vitória mas sim pela intensidade das lutas, mesmo se pela vitória a diferença feita por José Saez foi mais que evidente. O piloto espanhol fechou a primeira corrida no no degrau mais alto do pódio e deixou atrás de si uma interessante ‘discussão’ que colocou frente a frente Tomás Alonso e Dinis Borges e que no final das 14 voltas de corrida valeu o segundo posto a Borges após várias trocas de posição com Alonso, o terceiro na frente de Afonso Almeida – o melhor nas Pré-Moto3 – que rodou sozinho na quarta posição da geral na frente de Isaac Rosa.

Na segunda corrida o melhor na classificação global foi mesmo Afonso Almeida que após uma sucessão de voltas rápidas assumiu a geral a poucas voltas do final para cruzar a linha de meta não apenas como vencedor na classe Pré-Moto3 mas igualmente como o mais rápido no final das 14 voltas. José Saez foi o segundo a escassas 129 milésimas de segundo, seguido a mais de cinco segundos por Tomás Alonso que desta feita conseguiu bater Dinis Borges. Isaac Rosa voltou a ser o quinto da geral. Duas grandes corridas nas Supersport 300 que espelham bem o nível de uma classe que contou com 19 motos em pistas e que deixou no ar grande animação e incerteza até sabermos quem será o campeão 2022.

Entre os pelotão das 85GP/Moto4 o vencedor foi em ambos os dias Pedro Matos face a Gonçalo Melo. Este conseguiu no segundo dia a sua primeira ‘pole’, mas arrancou mal para as 10 voltas de corrida e abriu caminho ao rival de Vila Nova de Santo André que tinha vencido com autoridade no dia anterior. Melo foi sempre o segundo classificado. Nas Moto5 a vitória foi para Lourenço Vicente na corrida de Sábado, na frente de Alexandre Cabá e David Dias, posições que se repetiram no dia seguinte.

No igualmente numeroso pelotão dos troféus, as ‘naked’ surgem em 2022 reforçadas com a presença das BMW, que se juntam ás Aprilia e Kawasaki. Nas BMW foi Nuno Farias o vencedor da primeira corrida, na frente de Duarte Amaral e Ricardo Almeida. Pavel Bogdanov foi de forma clara o mais rápido nas Tuono e Fredric Bottoglieri o mais veloz no pelotão das Kawasaki Zcup.

A dividir o asfalto e as trajectórias estiveram igualmente em pista os pilotos da Taça Luis Carreira, com vitória de João Curva na Open, Rodrigo Amaral na Open R e André Capitão nas SBK.

No derradeiro dia de prova Duarte Amaral conseguiu terminar em primeiro nas BMW, terminando com mais de sete segundos de vantagem sobre Nuno Farias para deixarem Ricardo Almeida em terceiro. Pavel Bogdanov e Fredric Bottoglieri replicaram as vitórias do dia anterior, posição que também repetiram João Curva na Open, Bernardo Villar conseguiu desta feita vencer na Open R, Márcio da Silva o primeiro nas SS 600R.

Na Copa Dunlop Motoval o dia inaugural foi ganho por Henrique Gouveia face a Miguel Romão e Ricardo Rodrigues na classe 1. No derradeiro dia Miguel Romão foi o vencedor na classe seguido por Ricardo Rodrigues e Tomás Pio. Na contabilidade da classe 2 os melhores no segundo dia foram Rui Palma; João Rego e Hugo Lopes depois de no primeiro dia terem sido Henrique Gouveia e Rui Palma os mais rápidos.

A próxima prova do calendário levará pilotos e equipas até ao Autódromo Internacional do Algarve nos dias 4 e 5 de Junho.

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Ricardo Ferreira
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