As 24 Horas em Moto do EWC- Endurance World Championship são uma competição muito especial, por isso não há perguntas estúpidas. Aqui ficam as respostas a algumas questões sobre as máquinas que participarão na corrida.
QUAL É A VELOCIDADE MÁXIMA DAS MOTOS?
As 24 Horas em Motos do FIM EWC Endurance World Championship são disputadas com motos cujo motor é de 1000 cm³ para as de 3 e 4 cilindros e até 1200 cm³ para as de 2 cilindros. Concretamente, os pilotos rodam no Circuito Bugatti a uma média entre 150 e 160 km/h, por volta. Porém, esta média leva em consideração a travagem realizada e não reflete a capacidade máxima das motos. Assim, deveremos antes olhar para a velocidade máxima registada no final de uma reta. No ano passado, a maior velocidade máxima identificada na prova foi de 306,3 km/h. Foi conseguida pela Honda nº 5 do F.C.C. TSR Honda France, com o piloto francês Mike Di Meglio.
POR QUE NÃO SÃO EQUIPADAS COM ESPELHOS?
O regulamento das 24 Horas Motos proíbe o uso de espelhos por motivos de segurança. Uma queda pode levar à presença de vidro na pista e, portanto, elementos pontiagudos cortantes para os pneus de outros competidores. Além disso, os pilotos estão totalmente focados no que está a acontecer à sua frente e não podem correr o risco de olhar para trás.
A MOTO TEM CHAVE DE IGNIÇÃO?
As máquinas de resistência são equipadas com uma ignição simplificada com o mínimo de fios possível. Assim, não inclui uma ligação que iria para o canhão de ignição instalado na coluna de direção, tal como numa moto de produção. Simplesmente têm um disjuntor ON/OFF que permite ligar ou desligar a moto.
QUANTO CUSTA UMA SUSPENSÃO DIANTEIRA?
O preço de uma suspensão dianteira varia de acordo com a categoria em que a moto está inserida. Na Fórmula EWC, categoria rainha das 24 Horas Motos e do FIM EWC, as equipas têm a liberdade de substituir a forquilha original por outra mais eficiente, cujo preço pode rondar os dez mil euros. Na categoria Superstock, os participantes devem usar o garfo original, porém as regras permitem o reforço de suas partes internas. Aí, o preço aproxima-se dos 5.000€.
DURANTE A CORRIDA, COMO É QUE AS EQUIPES ACOMPANHAM OS PARÂMETROS TÉCNICOS DA MOTO?
Durante a corrida, as equipes devem monitorizar os níveis de líquidos ( sistemas de travagem, arrefecimento, etc.) ou mesmo da tensão da corrente. No entanto, não existe comunicação entre a moto e a box que permita a verificação destes elementos técnicos. Quando os cronometristas dizem ao piloto que deve voltar às boxes para reabastecimento nas próximas três voltas, eles sabem que têm a obrigação de verificar a temperatura da água e do motor olhando para o painel. De seguida, durante o reabastecimento, o piloto comunica o estado da máquina aos mecânicos que entretanto inspecionam os restantes elementos técnicos.
COMO DURAM 24 HORAS SEM SOBREAQUECIMENTO OU PROBLEMAS MECÂNICOS?
É tudo o trabalho preparatório feito a montante, durante o período de inverno, que deve dar os seus frutos na corrida. As equipas devem escolher os componentes mais resistentes e realizar um importante trabalho de fiabilidade. Arrefecer o motor montando radiadores adicionais é essencial. Além disso, os pilotos certamente devem rodar o mais rápido possível em pista, mas também cabe aos mesmos preservar a sua moto para chegaem ao fim.
AS MOTOS SÃO CONCEBIDAS PARA CORRIDAS DE 24 HORAS?
Quando as equipes pegam numa máquina de produção e a adaptam para corridas de resistência, fazem-no dizendo: “aconteça o que acontecer, temos que terminar a corrida”. Esta regra é imutável. Claro, que otimizam as motos para que sejam rápidas. No entanto, quando tem necessidade de montar uma peça na moto durante a corrida, a mesma deve poder ser substituída com facilidade e rapidez, para se passar o menor tempo possível em box. Nesta apartado, a criatividade faz a diferença.
