WSBK, Álvaro Bautista (1º.): “O Toprak é um dos adversários mais fortes que conheci”
O espanhol vai certamente conquistar o segundo título consecutivo em SBK na derradeira prova em Jerez. Venceu vinte e quatro corridas, é um rolo compressor e também dominou o último fim de semana em Portugal.
Álvaro Bautista soma agora uma vantagem de sessenta pontos, faltando ainda sessenta e dois disponíveis. As palavras do espanhol no final do fim de semana português:
“O Toprak não tinha nada a perder e hoje tentou de tudo. Tentei ficar com ele e não forçar o pneu dianteiro. O meu ritmo era mais rápido em alguns pontos, mas ele sempre tentava me ultrapassar em todas as curvas, por dentro ou por fora. Tentei fechar todas as portas, porque espero que ele sempre tente correr como fez hoje”.
Foi uma luta até ao limite
“Houve momentos em que ele estava realmente no limite e pensei que se ele caísse provavelmente me arrastaria para fora da pista com ele. Foi uma grande batalha e diverti-me muito. Foi uma corrida normal para ambos e não foi condicionada pelo facto de poder ter sido decisiva para o título mundial.”
“Esta manhã, na última curva, ultrapassei-o por fora e desta vez pensei que ele esperava que eu tentasse novamente por fora, por isso mudei de táctica. O meu pneu traseiro estava a escorregar muito, mas mantive-o o mais possível e consegui. Não o ultrapassei pelo motor, mas porque fui mais rápido que ele na última curva. Todos pensam que sou o mais rápido no último setor só por causa da reta, enquanto grande parte desse setor inclui a última curva, onde muitas vezes sou o mais rápido. Não se trata apenas de ir rápido na reta”.
Estilos diferentes
“Comparado-me a ele, começo a travar mais cedo, enquanto ele só trava no final. Temos um estilo de pilotagem diferente também porque as nossas motos são diferentes e temos que nos adaptar se quisermos pilotá-las no seu melhor. Ele tem um grande controlo da moto e não é fácil encontrar pilotos que consigam andar como ele. Ele arrisca muito, mas nunca cai. Na minha carreira tive que lidar com pilotos do calibre de Simoncelli, Pedrosa ou Rossi, mas ele é sem dúvida um dos adversários mais fortes que alguma vez conheci”.
As corridas deviam ser todas assim, fantástica corrida.
Concordo e assino por baixo!…
Tenho 60anos e desde que me lembro acompanho o motociclismo e outros desportos motorizados acirradamente. Hoje em dia fico espantado com estas novas regras e politicas que nada abonam para a competição.
Vou começar pelo um jovem pseudo comentador da sport tv, que me irrita imenso, fala demais e depressa, antes de pensar e dizer asneiras, deveria se dedicar mais como comissário das competições e deixar o relato para os profissionais da área (aprenda com os Senhores, Rui Belmonte e com Vitor Martins). Isto é motociclismo e não futebol, faz-me lembrar os comentadores Ingleses que não se calam 1 segundo, que nem conseguimos ouvir o “roncar” dos motores. Desde quando não se pode mostrar na tv um acidente em competição, só porque um piloto está a ser assistido!? Isto não é ficção, é real, eu gosto de saber e ver na hora se está tudo bem com este. Esta opinião não só minha, mas da maioria que acompanha a modalidade..
Em relação à competição, só tenho pena que a maioria dá entender que Bautista ganha pela moto que tem (em que já lhe retiram algumas rotações ao motor), mas mesmo assim esquecem-se que este piloto vem “refinado” do MotoGP e que já nesta competição era um excelente piloto. Não fez mais porque a “velha história” de cair imensas vezes por ser agressivo e andar no limite numa moto satélite, para conseguir a acompanhar as motos oficiais e até a própria politica atualmente no MotoGp, em que os pilotos são substituídos, que nem sequer chegam por vezes a “aquecer” os bancos das motos e adaptarem-se as estas..
Que eu me lembre, no tempo do auge da Kawasaki, que não tinha adversários à altura, não falavam e criticavam tanto do Rea, (que teve um colega de equipa a ser campeão ao lado dele) como fazem atualmente com o Bautista. Pelos vistos Rea tem adversários à altura (Michael Van der Mark em crescimento já o era, até que infelizmente os acidentes e a sorte o abandonar).
Toprak é um bom piloto (talvez pouco suicida com a sorte à pendura), no MotoGp não o faria muitas vezes, para além de nem se quer chegar aos calcanhares de alguns pilotos desta competição… Testou um protótipo motogp e a desculpa é que não gostou porque os pilotos correm com uma estrela… (triste esta opinião) para mim assustou-se com as diferenças de potência, aceleração, travagem, entre outras. O que ele faz em travagens, a maioria dos pilotos da MotoGP, fazem-no constantemente e com a roda de trás da moto no ar e a “rabiar” por todos os lados. Uma coisa é brincar às acrobacias outra é competição, mas sem duvida um excelente piloto de SBK.
Agora espero que não cortem este comentário!