Dakar – Luís Portela de Morais: “Quero acabar no top 30 da Classe Maratona”

Por a 27 Dezembro 2016 15:03

Campeão Nacional da modalidade que pratica-se com a bola oval, Luís Portela de Morais é desde tenra idade um grande apaixonado pelas motos. O ponto alto desta paixão acontecerá em 2017 com a estreia no Dakar

Para além dos pilotos profissionais que habitualmente lutam pelas primeiras posições, uma prova como o Dakar é também composta por outro elementos que, apesar de não se dedicarem a 100% às motos em termos profissionais, não perdem a oportunidade de fazer pelo menos uma vez na vida a maior maratona do TT.

E é precisamente dentro deste quadro que se insere Luís Portela de Morais, um chefe de família com profissão na área dos seguros e que no tempo restante arranja espaço para as outras duas paixões: o râguebi e o motociclismo.

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Na primeira já foi internacional pela seleção e atualmente Campeão Nacional pelo Grupo Desportivo de Direito. Na segunda modalidade há algum tempo que realiza provas do Nacional de TT e agora chegou a hora de estar à partida da maior prova de resistência do planeta. Tudo graças a um convite de Francisco Pita, responsável da KTM Portugal/Jetmar, e da insistência do seu amigo de longa data, David Megre, que também vai estrear-se no Dakar.

“Quem anda no todo-o-terreno tem como sonho participar no Dakar. Toda a minha vida vi o Dakar portanto o sonho de fazer o Dakar sempre teve presente. Ao longo dos últimos quatro anos o David, depois de ter ganhado praticamente tudo a nível nacional, começou a ficar mais focado no Dakar e a insistir junto da KTM Portugal/ Jetmar a ideia de realizar a prova. Eu estava mais concentrado no trabalho, família e no râguebi”, explicou.

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Porém, tudo mudou este ano. “Senti que existia a possibilidade de montar um projecto. Aí a KTM Portugal/ Jetmar teve um papel importantíssimo, pois foi esta entidade que nos fez o convite para montarmos o projecto. Durante o ano estivemos a trabalhar neste projecto estando à procura de patrocinadores. Ao final de sensivelmente oito meses conseguimos ter o orçamento completo “, revelou Portela de Morais. Já quanto a objetivos, o piloto luso, que vai competir na categoria Maratona, sublinha que para a primeira participação o objetivo é “concluir o Dakar. No entanto, em competição temos sempre de ter um objetivo competitivo e esse consiste em ficar no top 30. É algo secundário, mas acredito que é possível atingir essa meta. Apesar de estar afastado das corridas sinto-me competitivo para este grande sonho”.

Importante nesta grande aventura será a ajuda de David Megre. “Vou basear-me muito na experiência e maturidade que o David tem nas corridas. Tanto eu como ele vamos com o objetivo de rodar juntos. Temos a noção de que o nosso andamento é forte”.

TRABALHO DE EQUIPA

Habituado ao desgaste físico do râguebi, Luís Portela de Morais considera que este desporto e o motociclismo até são duas disciplinas que se complementam em “termos psicológicos e físicos. O treino do rugby é um bom treino para as motos. O tempo que passo em cima das motos, as decisões e o que sofro em cima de uma moto são muito importantes para o râguebi. No râguebi, nós passamos por isto tudo, mas estamos acompanhados. As decisões são tomadas em equipa. Desta forma se estiver habituado a tomar estas decisões sozinho, quando for necessário decidir em equipa vou estar mais forte”, concluiu.

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Virgílio Machado
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