Dakar 2023: Apenas três mulheres inscritas nas motos

Por a 29 Dezembro 2022 22:03

Desde que Laia Sanz passou para as quatro rodas no Rally Dakar, não houve participantes femininas nas primeiras posições. Na 45ª edição, três pilotos querem mudar isso.

A 45ª edição, que começa no dia 31 de dezembro, terá três mulheres na categoria moto. A portuguesa Elizabete Jacinto foi uma das primeiras aventureiras no Dakar em motos.

Mirjam Pol é uma holandesa que participa com a equipa Husqvarna Team HT Rally Raid e fará o seu décimo Dakar “Dez participações tornam-me uma lenda. A primeira vez eu pensei que era uma coisa única. Eu tinha apenas 22 anos, era uma jovem e não tinha experiência em ralis. Ninguém esperava que eu conseguisse terminar mas consegui. No meu segundo Dakar, já sabia que estaria lá novamente no próximo ano. Existem duas opções no Dakar: ou o fazemos uma vez e nunca mais, ou ficamos viciados. No meu caso fiquei viciada.” Mirjam é licenciada em Educação Física e é a única mulher no mundo que terminou o Dakar nos três continentes.

Sandra Gomez, a espanhola que foi a segunda melhor senhora a terminar em 2022 participa com uma KTM 450 Rally. “Desta vez quero vencer o Dakar 2023 na categoria feminina. No ano passado estava muito forte, mas não sabia navegar e pilotar uma moto tão grande. Depois da incrível experiência da minha estreia no Dakar 2022, agora sei me orientar melhor. No último Dakar concentrei-me em fazer todos os waypoints para aprender o máximo possível e este ano em Marrocos fiz um treino de navegação super bom. Vou tentar.” Em 2013, nos XGames de Barcelona, ​​​​estreou-se com uma medalha de bronze. Posteriormente passou pelo hard enduro, especialidade em que aprendeu muito com o seu irmão Alfredo Gómez. Em 2016 foi campeã do mundo de SuperEnduro, somou várias medalhas nos Xgames e foi a primeira mulher a terminar o Redbull Romaniacs na categoria máxima (Gold).

Kirsten Landman tem como principal objetivo terminar o rali. A sul-africana é a única mulher na categoria ‘Original by Motul’ e tem que fazer ela mesma todo o trabalho de manutenção na sua moto. Até agora, o piloto de 30 anos só se aventurou no Dakar em 2020. “Mentalmente estou de bom humor e com base na minha experiência anterior sei o que esperar. Mas a parte mecânica desta vez será um desafio. Aprendi tudo o que é importante num curso intensivo para eu mesma cuidar da moto. Estou a fazer bons progressos.” Piloto de offroad e hard enduro de Kwa-Zulu, Kirsten Landman anda de moto desde os 8 anos de idade e iniciou a sua carreira profissional aos 22 anos. A sul-africana tornou-se a primeira mulher a terminar corridas como o RedBull Romaniacs, RedBull Sea to Sky, Redbull Megawatt 111, Redbull Braveman e the Roof of Africa.

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Ricardo Ferreira
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