Dakar 2018: O céu caiu sobre a Yamaha
Foram sem dúvida emoções muito fortes que foram vividas no seio da marca de Iwata durante a etapa de ontem. Numa primeira fase pensava-se que Adrien Van Beveren que, ao contrário de grande parte dos rivais, escapou ao tão badalado erro de navegação, estava a entrar na rota de um possível triunfo na prova, algo que a Yamaha já não saboreia desde 1998.
No entanto minutos depois e apenas a três quilómetros do fim do setor seletivo Van Beveren sofreu uma violenta queda, que colocou um ponto final numa corrida que até aqui vinha a ser exemplar por parte do piloto francês, o único que até ao momento segurou a liderança em duas etapas consecutivas. Num ápice o Dakar tirou e deu com a toda a bondade e crueldade que é possível.
Um abandono que juntou-se às desistências, no passado fim de semana, de Xavier de Soultrait e Franco Caimi. De uma assentada a Yamaha viu ruir todas as suas hipóteses nesta corrida seja devido a quedas, no caso de Soultrait e Van Beveren, ou problemas mecânicos como aconteceu com Caimi. O ramalhete ficou completo com a saída de cena, também ontem, do semi-privado Alessandro Botturi, que vinha no top 30.
Para a contar a história fica o ‘aguadeiro’ Rodney Faggotter, que é apenas o 20º classificado a mais de uma hora de poder entrar no top 10 e está por isso sem nenhum objetivo particular a não ser o de chegar a Córdoba sem problemas. Muito pouco para quem esteve quase a tocar no céu e acabou por levar com ele em toda a força. Coisas das corridas.
Pelo meio não nos podemos esquecer da excelente forma evidenciada pela nova Yamaha WR450F, máquina que mostrou que é preciso contar com ela no futuro, quando a sorte quiser ter outro tipo de relacionamento com os homens que vestem de azul.