MotoGP, o Top 10 de 2020: 6 Brad Binder
Brad Binder andou desde o primeiro momento em MotoGP da única forma que sabe: gás a fundo. Por vezes, isso resultou em glória, outras em lágrimas, mas como rookie, o Sul-africano teve uma estreia em grande na classe rainha
A incrível adaptação de Brad Binder da Moto2 à MotoGP fez com que tivesse ritmo suficiente para subir ao pódio na sua estreia na classe rainha em Jerez, quando acabou a corrida ao ritmo dos homens da frente, embora lá atrás em 13º.
A época de estreia de Binder na classe rainha até podia quase ter passado despercebida, se não fosse por dois factos incontornáveis: Um, na sua terceira corrida de Moto GP, quando todo o conhecimento e experiência de anos nos dizem que era impossível fazê-lo, o rookie Sul-africano venceu, vindo de trás para deixar todo o campo sem resposta à sua ferocidade em pista.
Facto assaz raro, era a primeira vez que um rookie vencia desde que Márquez o fizera nos EUA em 2013.
E dois, fez aquilo que nunca ninguém tinha feito antes, ao vencer, deu à KTM a sua primeira vitória.
O MotoGP tornou-se mais difícil para o rookie de Potchefstroom depois disso. Talvez a vitória inesperada lhe tenha complicado a cabeça, mas a partir daí e até ao fim da época, teve dificuldade em gerir o desempenho da KTM RC16 de uma pista para outra.
Na verdade, uma das principais razões por que ganhou em Brno foi porque havia pouca aderência na pista, e ele achou a RC16 mais fácil de pilotar e mudar de direção quando não havia muita aderência.
Assim, o resto do ano pautou por alguma irregularidade, acabando normalmente por volta do 11º ou 12º, seguindo o 13º em Jerez com uma queda na Andaluzia depois de ter atirado para fora da corrida Miguel Oliveira logo no começo.
À estrondosa vitória de Brno, que trouxe lágrimas aos olhos dos quadros da KTM, seguiu-se um forte quarto na primeira corrida na Áustria e oitavo na Estíria quando Miguel Oliveira venceu, consolidando um excelente resultado para a marca de Mattighofen, e depois de novo um 12º indiferente em San Marino seguido mesmo de outra desistência.
Na corrida seguinte, a Catalunha viu Binder acabar em 11º, seguido de 12º em Le Mans à chuva, e de novo 11º em Aragão, a que seguiu outra corrida sem pontos em Teruel.
Uma ligeiras melhoria viria para o fim da época, com sétimo e quinto nas duas rondas de Valência, num traçado onde a RC 16 funciona com eficiência, a que se seguiu mais um abandono no Estoril a fechar a época.
Com isto, o sul-africano que será companheiro de equipa de Miguel Oliveira em 2021, acabou a temporada em 11º com 87 pontos.
Binder tem aquela pontinha de loucura que por vezes falta a Oliveira, e os dois na formação oficial da capa teme representam o melhor de dois mundos, e poderão fazer grandes coisas juntos!
“a que se seguiu mais um abandono no Estoril a fechar a época.” Estoril ?????