Ganha cada vez mais força o cenário da passagem de Jorge Lorenzo para a Ducati. O MotoSport sabe que o espanhol tem, de facto, um acordo verbal com a Ducati para assinar um contrato de dois anos que lhe renderá 12 milhões de euros/época e poder de decisão sobre o seu próximo companheiro de equipa. Segundo o que apurámos, o anúncio oficial deverá ser realizado no GP de Espanha, em Jerez (22 a 24 de abril), a primeira prova da época na Europa.
Paolo Ciabatti, diretor desportivo da Ducati Corse, já tinha afirmado a uma rádio italiana que a contratação de um piloto de topo “está numa fase bastante adiantada”, enquanto o site catalão Diario Gol avançou ontem que Lorenzo vai mesmo para a Ducati.
A confirmar-se esta transferência, o tricampeão do Mundo de MotoGP tentará devolver a marca italiana aos títulos, apesar da Ducati estar afastada das vitórias desde o GP da Austrália de 2010, na altura por intermédio de Casey Stoner.
Lorenzo e Gigi Dall’Igna, atual diretor-geral da Ducati, têm uma relação antiga que remonta aos dois títulos mundiais do maiorquino com a Aprilia nas 250cc, em 2006 e 2007.
Viñales indicado por Rossi
Entretanto, também foi possível apurar que Maverick Viñales será o substituto de Lorenzo na equipa oficial da Yamaha, com Valentino Rossi a ser importante neste processo já que manifestou aos responsáveis da Yamaha a sua preferência pelo jovem piloto da Suzuki. A influência de Rossi na marca japonesa é um dos fatores que desagrada de sobremaneira a Lorenzo, além de Viñales ser presença regular no rancho de Rossi em Tavullia, sendo também namorado de Kiara Fontanesi, a italiana campeã mundial de Motocross feminino. Fontanesi, tal como Rossi, é apoiada pela Monster Energy.
O ‘efeito dominó’ destas duas transferências deverá levar Dani Pedrosa a sair da Repsol Honda para rumar à Suzuki. A ida de Viñales para a Yamaha é uma perda importante para a marca de Hamamatsu, mas Davide Brivio e os responsáveis japoneses vão tentar convencer Pedrosa do potencial da GSX-RR.
Com Márquez de pedra e cal na Honda, resta saber quem será o companheiro do atual líder do Mundial, já que Viñales era o preferido da Repsol Honda. O certo é que o plantel de 2017 será bastante diferente do deste ano e bastará o anúncio oficial do acordo entre Lorenzo e a Ducati para que as restantes ‘peças’ do puzzle se comecem a encaixar.
Ricardo S. Araújo e Rui Belmonte