Yamaha MT-10 SP e Tourer Edition – Naked Radical
Decorreu recentemente na África do Sul a apresentação aos media da nova Yamaha MT-10 SP, a versão naked mais radical e exclusiva da Yamaha.
Entre outras novidades tecnológicas a versão SP da MT-10 monta agora suspensão Ohlins semi – activa podendo assim adaptar-se com maior facilidade aos diferentes tipos de condução e estado das estradas.
O motor da MT-10 SP foi revisto para torná-lo mais suave na entrega de potência dos seus 160cv.
As novas cores da MT-10 SP estão inspiradas na R1 que em conjunto com as suspensões douradas da Olhins conferem-lhe um look ainda mais desportivo.
A versão SP comparte o mesmo sistema de “quick-shift” montado na versão standard assim como as mesmas jantes e pneus.
O novo sistema de suspensão invertida semi-activa da Ohlins NIX30 de 43 mm que monta a versão SP, combinado com amortecedor traseiro TTX 36 EC, estabelece um novo patamar de sofisticação e desempenho nesta moto.
A nível electrónico podem-se selecionar quatro modos distintos de mapa de motor, três modos de entrega de potência e três de controle de tração e até cinco modos diferentes de suspensão. Existe também a possibilidade de configuração total da electrónica da moto num modo programável.
O motor é de tecnologia Crossplane, apelidado de CP4, e revela um carácter semelhante a um motor V4, embora seja um quatro cilindros em linha. A sensação de tração é brutal a partir de rotações mais baixas e dispara a partir das 7.000 rpm, com um som característico e semelhante ao de um motor V4. Para tornar a fera mais suave, o motor monta uma embraiagem deslizante que actua de forma progressiva e efectiva nas reduções de caixa em regimes de condução mais rápida.
As suspensões estão ao nível de uma moto desportiva e permite vários tipos de regulação sendo que o modo desportivo apenas se recomenda em asfalto em boas condições devido também à dureza do banco.
As travagens são precisas, mesmo em curva, graças ao bom funcionamento das suspensões Ohlins, e a precisão da trajectória em curva é total, quase como se fosse num carril, permitindo inclinar com enorme facilidade e em segurança, até limites fora do normal. O encadeamento de curvas em percursos sinuosos é quase automático e o espaço para te moveres e procurar a posição ideal está bem dimensionado e facilita os nossos movimentos sobre o mesmo.
A MT-10 SP não é uma moto para todos os dias pelo que a Yamaha introduziu a nova versão Tourer para quem quer ter uma MT-10 mais civilizada e confortável.
A Versão MT-10 Tourer Edition
Ora nesta versão mais “civilizada” a Yamaha decidiu incorporar à versão base ( não à SP ) um vidro mais alto, malas laterais, guarda mãos, um suporte para o GPS e um banco “Confort” transformando assim a radical MT-10 numa mais abrangente “Tourer”. Esta versão distingue-se pelo interior dos discos pintados em vermelho e o logo na mesma cor. Existem 3 versões em catálogo, uma negra, uma outra em cinza mate com jantes fluo e ainda uma versão Race Blue, azul e negro.
Com este setup a MT-10 passa a ter um aproveitamento mais versátil no dia a dia ou em trajectos mais longos, embora as suspensões já não tenham o desempenho das Ohlins da versão SP.
Mantém no entanto o seu temperamento feroz com os seus 160 cv, agora disfarçados numa roupagem mais turística. Ter uma moto deste calibre num formato mais aproveitável é de facto uma tentação.
A função de” cruise control” neste modelo faz mais sentido que em qualquer outro. No entanto a opções electrónicas neste modelo são muito mais reduzidas que na versão SP. No selector situado no punho esquerdo podemos selecionar entre 3 modos de motor e 3 níveis de controle de tração, alterando de forma drástica a entrega de potência.
Estamos ansiosos por testar ambas as versões, assim que venham a estar disponíveis em Portugal e apresentar-vos brevemente os ensaios completos.