Ensaio KTM DUKE 125 – “Atracção” Teenager
Neste segmento a Duke 125 é toda uma referência e quisemos perceber que tipo de sensações provoca no target ao qual está dirigida para melhor avaliarmos o seu potencial e desempenho.
A Jetmar, importador da KTM em Portugal, simpaticamente cedeu-nos uma Duke 125 que levámos de fim de semana para testar. O objectivo era encontrar quem tivesse o perfil ideal para dar-nos uma perspectiva diferente daquela que é a nossa e que está muitas vezes já demasiado formatada por experiências e testes variados de modelos tão díspares, tornando muitas vezes difícil ter a sensibilidade necessária para avaliar o que é realmente importante nas suas características e relevante à hora de optar pela compra de um determinado modelo, neste caso de menos cilindrada e dirigido a um target que não é obviamente o nosso.
E foi assim que decidimos juntar nesta análise um jovem utilizador , que usa moto no seu dia a dia para as suas deslocações e que de uma forma descontraída aceitou o desafio.
A primeira pergunta que lhe colocámos foi em torno da imagem de marca da própria KTM e se a mesma tinha relevância para a escolha da moto e se estava associada a uma imagem de qualidade á qual respondeu afirmativamente e que a imagem na competição da KTM é incontornável tanto no Todo Terreno como em Pista.
Depois perguntámos o que achava de estética e das linhas da moto, se era moderna e apelativa ou se porventura demasiado arrojada. Aqui a resposta foi algo evasiva e penso que estaria a pensar na MT da Yamaha que já me tinha comentado antes como opção de upgrade da sua actual scooter, e depois referiu que gostava de motos com uma estética um pouco mais sóbria
Logo a seguir e após um curto briefing sobre a moto demos-lhe a oportunidade de circular na mesma, numa zona urbana mas fechada e com pouco transito para que o mesmo se sentisse à vontade e pudesse com facilidade adaptar-se à moto.
Finalmente fizemos uma pequena sessão de fotografia, aqui ilustrada e calmamente sentados no café falámos sobre a experiência. Gostou da moto obviamente mas o tempo não foi suficiente para poder ter uma opinião mais formada. Deu especiial destaque ao painel de informação que nunca tinha visto nada daquela qualidade numa 125cc. Destacou também a estética do farol na opinião dele muito conseguida.
No dia seguinte tocou-me a mim devolver a moto à Jetmar e estando em Cascais decidi fazer o percurso pela Marginal e desfrutar do fresco da manhã. No final o passeio foi excelente, com a Duke a desenvencilhar-se de forma fácil no meio das filas de trânsito, normais a aquela hora, e a permitir ao mesmo tempo apreciar a vista, coisa que em motos de maior cilindrada e pela velocidade mais alta a que naturalmente circulamos, normalmente esquecemos.
O motor é bastante rotativo e a partir das 7.000 e até às 10.000 rpm é quando se sente realmente a sua entrega de potência. Penalizada também pelo meu peso de 87Kg a Duke mostrava alguma “preguiça” em subir de rotação mas uma vez “lá em cima” desenvolvia-se bem graças também à caixa de 6 velocidades.
O depósito é em alumínio e leva agora 13,4 litros de combustível e os consumos são irrisórios para quem está habituado a rodar em motos de maior cilindrada. Gostei da facilidade como se conduz e da leveza do conjunto, do painel TFT a cores de informação de altíssima qualidade, e que pode incluir o software da KTM My Ride como opção e que permite ver as chamadas no monitor assim como as faixas de música, realidade que não é nada normal numa moto deste segmento.
Apreciei também a travagem efectiva da moto com um disco de 300mm na frente e pinça flutuante de 4 êmbolos da Brybe , segunda marca da Brembo. A suspensão dianteira invertida é uma WP de 43mm com novas afinações graças a um novo cartucho aberto inserido na mesma.
A qualidade de construção é excelente e o formato do farol da frente agora em LED é o novo identificador da família Duke e também das novas KTM Super Adventure.
A certa altura, parado nuns semáforos, um brasileiro a conduzir uma carrinha, abriu a janela e perguntou-me se era uma 500 ? A Duke 125 pelos vistos aparenta mais do que é e sem dúvida que a sua estética agressiva e equilibrada não deixa ninguém indiferente. Se eu tivesse agora dezasseis anos estou certo que faria furor à porta do liceu e que as colegas iriam disputar entre si o lugar de pendura na pequena grande Duke.
Ficha técnica KTM 125 Duke 2017
- Configuração de motor Motor mono-cilíndrico
- Ciclo de motor 4 Tempos
- Distribuição DOHC, 4 válvulas
- Refrigeração Líquida
- Cilindrada 124.7 cc
- Diámetro de cilindros 58.0 mm
- Curso de cilindros 47.2 mm
- Taxa de compressão 12.8 :1
- Potência máxima 15.0 cv às 10.000 rpm
- Torque motor máximo 12.0 Nm às 7.500 rpm
- Arranque Eléctrico
- Bateria 12V
- Embraiagem Multi-disco em óleo
- Activação embraiagem Mecânica
- Caixa 6 velocidades
- Quadro Multi-tubular em aço lacado
- Suspensão dianteira Invertida de WP
- Diámetro 43 mm
- Curso da susp. dianteira 142 mm
- Suspensão traseira Mono-amortecedor WP
- Curso susp traseira 150 mm
- Travão dianteiro Disco de de travão com 300 e pinça radial 4 êmbolos
- Sistema ABS de canal duplo 9MB da Bosch
- Travão traseiro Disco com 230 mm com pinça flutuante de 1 êmbolo
- Sistema ABS de canal duplo 9MB de Bosch
- Pneu dianteiro 110/70 ZR 17
- Jante dianteira 3.00 x 17″
- Pneu traseiro 150/60 ZR 17
- Jante traseira 4.00 x 17″
Pesos e Medidas
- Distancia entre eixos 1357 mm
- Altura do assento 830 mm
- Distancia ao chão 185 mm
- Peso 137 Kg
- Depósito 13.4 Litros
- Reserva 1.5 Litros
- Norma Euro 4
PVP 4.648 euros
Concorrência
Yamaha MT 125A/ 125cc / 15cv / 138Kg / 4.995 euros
Aprilia Tuono 125 / 124cc / 15,2cv / nd Kg / 4.760 euros