Kawasaki Z900RS – “Retro Sport” Café Racer
A nova Kawasaki Z900RS, versão Neo-Clássica da fantástica Z900, tem como inspiração e é quase uma homenagem a aquela que nos anos 70 iniciou um conceito que marcou para sempre as desportivas da Kawasaki com a letra Z.
Tudo começou em 1972 com a Kawasaki Z1, que era também uma 4 cilindros, de 903cc com 83 CV.
Após a apresentação oficial da Z900RS nos Salões de Tóquio, no Salão de Milão foi apresentada uma nova versão da RS, a Café Racer. A versão Café Racer é básicamente idêntica à versão RS, mas inclui uma pequena cúpula de proteção, um guiador mais baixo, tipo Racer e um banco tipico das preparações racing dos anos 60/70.
Decorreu entretanto no final do ano de 2017 em Barcelona a apresentação dinâmica aos media internacionais dos novos modelos neo-clássicos da Kawasaki para 2018, gama designada “Retro Sport” e que inclui a versão RS e a versão Café Racer.
A sua silhueta e decoração, fazem lembrar de facto a icónica Z1 e também a Z1000 dos anos 80 com que Eddie Lawson ganhou o campeonato de Superbikes nos USA em 81 e 82. O seu depósito em formato de gota, com 17 litros de capacidade, um ducktail característico na traseira com um farol oval, são também de inspiração na Z1.
O motor, apesar de ser de refrigeração líquida, simula no seu acabamento as típicas alhetas de refrigeração a ar. As tampas laterais, os logotipos, os manómetros duplos cromados que indicam a velocidade máxima de 240 Kmh, tal como na Z1 original e a sua posição de condução, tudo faz lembrar as famosas Zs dos anos 70 e 80.
No entanto a RS Café Racer é uma Z900 moderna, apenas vestida de “vintage” e herda todos os atributos da sua irmã “Street Fighter”. O desempenho da Café Racer é muito semelhante ao da Z900, diferente no entanto na posição de condução, que monta um guiador mais baixo a obrigar a uma posição mais agachada sobre o depósito.
A Z900RS Café Racer monta o mesmo motor da Z900, mas com apenas 110 CV ( 125 CV na Street Fighter ), inclui embraiagem deslisante e control de tração, sendo que a electrónica foi ligeiramente alterada, diminuindo a potência máxima mas aumentando o binário nos baixos e médios regimes, até cerca das 7.000 rpm, garantindo uma maior pujança a baixa rotação e uma enorme progressividade na aceleração, penalizando ligeiramente a velocidade de ponta e a potência nos regimes mais altos.
A sua condução transmite uma enorme sensação de leveza graças a um bom equilíbrio e distribuição de massas, garantindo uma pilotagem segura e precisa, realidade que se mantém em estrada e em percursos mais sinuosos de serra. Talvez um pouco dura na suspensão dianteira, o que é algo positivo em percursos com condução mais agressiva, sempre e quando de bom piso. A suspensão dianteira, ao contrário da Z900, é totalmente ajustável e o amortecedor traseiro é do estilo da ZX-10R, colocado numa posição horizontal.
A possibilidade de múltiplos ajustes nas suspensões convida-nos a investir tempo na procura da melhor afinação possível, não só em função do nosso peso como também do tipo de condução que habitualmente praticamos. Será talvez interessante poder levar uma RS Café a um circuito, com pneus de maior aderência, e constatar o seu comportamento em relação por exemplo às Z900 que competem no Troféu ZCUP.PT.
Este será um desafio que iremos colocar-nos mais à frente para poder comparar resultados, não só com as ZCUPs do Troféu como também com as suas rivais mais directas, a Yamaha XSR900, a BMW R Nine T Racer ou a Triumph Thruxton R.
O seu escape 4 em 1 em aço inox debita um som impressionante e entusiasmante, levando-nos a querer rodar sempre de punho fechado para ouvirmos, com prazer, o roncar do 4 cilindros da Z900 Café Racer. A versão original dos anos 70 montava 4 escapes, dois de cada lado, mas já nesse tempo alguns dos “Café Racers” de então, em Lisboa, que normalmente paravam nos Ace Café Av. de Roma, entre o Vává e a Mexicana, montavam escapes 4 em 1 nas suas muito preparadas Z1s.
Apesar do seu aspecto clássico e inspirado na Z1 dos anos 70 e 80, a RS é uma moto moderna, como referimos anteriormente. Sobre a base Z900 a RS Café combina o melhor de dois mundos, uma sofisticada mecânica e ciclística com um look retro irresistível. Os acabamentos são excelentes e a simbiose entre o moderno e o clássico é perfeita. O equilíbrio entre a facilidade de condução e performance é também perfeito adaptando-se a qualquer tipo de condutor, sendo que os mais experientes vão querer explorar todo o seu potencial desportivo e os menos experientes, ou mais tranquilos, irão poder desfrutar de uma condução suave e confortável, proporcionada pelo excelente binário que a RS produz a baixa e média rotação.
O ABS de origem e os 2 modos de tração garantem uma segurança extra em estradas mais degradadas e em situações inesperadas. O modo 1 é o mais agressivo permitindo inclusivamente realizar com facilidade alguns cavalinhos e o modo 2 é mais interventivo, limitando totalmente qualquer tentativa de uma condução mais agressiva ou irresponsável. Claro que existe também a possibilidade de se desligarem ambos e aí a RS Café torna-se algo mais selvagem.
Um último pormenor que é também de destacar são as belas jantes de liga cujo design faz lembrar as antigas jantes raiadas da Z1. Os pneus de origem são uns Dunlop GPR-300 mas a dimensão das jantes permite a montagem de todo tipo de pneus, desde os mais clássicos aos mais adaptados à chuva ou mesmo aos destinados a Track Days. A RS Café, tal como nós, adapta-se a qualquer circunstância desde que devidamente “calçada” para cada ocasião.
A nova Z900 RS Café Racer da Kawasaki vai estar disponível na cor Vintage Lime Green (lima) e o seu PVP é de :
Z900 RS Café Racer (lima) 13.395€
Ficha Técnica Z900RS e Café Racer
Características | Kawasaki Z900 RS Café Racer |
Cilindrada | 948 cc |
Nº Cilindros | 4 cilindros em linha |
Válvulas | 16 válvulas |
Distribuição | DOHC |
Potência max. / RPM | 110 CV / 8.500 rpm |
Binário max. / RPM | 98.5 Nm / 6.500 rpm |
Taxa Compressão | 10.8 : 1 |
Arrefecimento | Líquido |
Caixa Velocidades | 6 velocidades |
Embraiagem | Multidisco em banho de óleo |
Embraiagem tipo | Deslisante |
Transmissão | Corrente |
Electrónica | Controle de Tração |
Suspensão Dianteira | 41mm invertida |
Regulação | Extensão, hidraulico e pré-carga |
Curso | 120 mm |
Suspensão Traseira | Back Link Horizontal |
Regulação | Hidraulico e pré-carga |
Curso | 140 mm |
Travão Dianteiro | 2 discos de 300 mm |
Pinças Dianteiras | Pinças Radiais de 4 pistons |
Travão Traseiro | 1 disco de 250 mm |
Pinças Traseiras | Pinça de 1 piston |
ABS | Incluído de série |
Quadro / Tipo | Trelissa em aço |
Rodas Dianteira | 120/70-ZR17 |
Pneu Dianteiro | Dunlop SportMax GPR 300F |
Roda Traseira | 180/55-ZR17 |
Pneu Traseiro | Dunlop SportMax GPR 300F |
Escape | 4 em 1 |
Capacidade depósito | 17 Litros |
Peso | 215 Kg |
Comprimento | 2.100mm |
Altura | 1.150mm |
Largura | 865mm |
Dist. Entre Eixos | 1.470mm |
Altura Banco | 835mm |
Distância ao solo | 130mm |
Consumo | 5,3 L / 100 Km |
Emissões | 136 g / Km |
PVP | 13.395.00 eur |
Concorrência
BMW R Nine T Racer 1.170cc / 110CV / 220 Kg / 14.618 eur
Ducati Scrambler Café Racer 803cc / 75 CV / 188 Kg / 11.299 eur
Triumph Thruxton R 1.200cc / 97 CV / 203 Kg / 15.800 eur
Yamaha XSR900 847cc / 115 CV / 195 Kg / 9.995 eur
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