Não só, mas também: Vamos ter saudades dos festejos de Valentino Rossi
Ninguém festeja como ele! Valentino Rossi e os seus amigos criaram algumas das mais originais celebrações do mundo motorizado. Ninguém faz a festa como o Doutor.
Há 12 anos, em 2009, no final do GP da Malásia, Valentino Rossi e a sua Tribo do Chihuahua tinham preparado uma celebração especial para o nono título mundial. Uma galinha equipada a rigor e um ovo com o número nove, acompanhados pela frase “Galinha velha faz boa canja”. Aos 30 anos, Rossi não era propriamente uma galinha velha, mas era, decididamente, o galo mais exuberante do poleiro motorizado. O genial italiano criou ao longo dos anos um catálogo de comemorações que ficaram na memória de adeptos e curiosos.
Uma das origens da alcunha “O Doutor” é o douturamento ‘honoris causa’ atribuído em 2005 pela Universidade de Urbino. E qual foi a área da condecoração? Comunicação – claro. Além de um ‘ragazzo’ super-carismático, Rossi é provavelmente o mais extraordinário veículo de comunicação do desporto motorizado contemporâneo. As suas celebrações e mil-e-uma decorações do capacete e da moto, são o reflexo de uma personalidade extrovertida e, em última instância, de um eficaz processo comunicativo. Um exemplo? Vá a uma loja que venda réplicas de capacetes e veja quem tem lá mais. É bem mais provável que encontre uma prateleira inteira com exemplares fluorescentes e o número 46…
O mesmo se passa com as comemorações. Todos esqueceram Hoje como Doohan, Rainey ou Schwantz comemoravam as suas vitórias. Mas, daqui a 10 anos, muitos adeptos ainda recordarão os números de “circo” de Rossi e da sua tribo. São os dois “C” da mega-estrela italiana: carisma e comunicação.
1997: Robin dos Bosques
No ano do seu primeiro título mundial, um jovem Rossi (18 anos) subiu ao pódio do GP da Grã-Bretanha com os adereços de Robin Hood. Nascia um mito.
1998: O anjo
Nesta altura, Rossi já era o anjo dos tiffosi nas 250cc. O título cairia do céu no ano seguinte.
2007: Bowling em Jerez
Uma das melhores criações da Tribo do Chihuahua. No final da prova de Jerez, em 2007, um grupo pinos de bowling foi derrubado por um jogador muito especial…
2008: O tributo de Nieto
Quando um antigo campeão (Angel Nieto) reverencia alguém que acaba de bater o seu recorde de vitórias em provas do Mundial (90), pouco mais há a dizer sobre o talento consensual de Rossi. La moto lo quiere.
2008: O notário
Após o oitavo título de Campeão do Mundo, Rossi parou numa mesa preparada para o efeito e um “notário” passou um documento a atestar o feito. A t-shirt tinha um relógio que marcava as oito horas e dizia “Desculpa o atraso”.
2009: 100 espinhas
No final da corrida de Assen, um enorme cartaz mostrava as 100 vitórias de Rossi no Mundial. Um Doutor centenário.
E por aí fora… estes são apenas exemplos.