O tema quente nos bastidores de Valencia, com o choque da decisão de Lorenzo a assentar, é claramente a questão de quem substituirá o Maiorquino na Honda Repsol… politicamente, há duas grande correntes: A fação Espanhola, que por pressão da Repsol, preferia um piloto Espanhol na moto, e a da HRC, que veria um piloto japonês tomar o lugar na equipa principal de fábrica da Honda.
A dar força a este último argumento, a presença no “paddock” do convalescente Takaaki Nakagami, que foi evasivo nas suas declarações, dizendo que veio a Valência por ser a última corrida e para assistir a um “briefing”, sendo no entanto improvável que viajasse 10 mil quilómetros só para assistir a um briefing… Sabe-se que Cecchinello não criaria obstáculo à cedência do Japonês, mas há também o ângulo da petrolífera Idemitsu, um sponsor que não poderia passar à rival Repsol com o piloto…
Claro que do lado Espanhol não há um piloto óbvio para tomar o lugar, a menos que um golpe palaciano trouxesse alguém de outra equipa, sendo o mais falado Alex Márquez.
O novo Campeão de Moto2 já estava confirmado com Marc V D Straaten na Moto2, mas em vista da boa relação com a Honda, para não falar do prestígio, este não se oporia a “ceder” o seu piloto, pelo contrário, substitui-lo por um piloto menos credenciado configuraria uma grande economia para o seu orçamento de Moto2 de 2020.
Sem falar no impacto mediático bombástico de 2 irmão Campeões do Mundo e catalães a partilharem as Honda Repsol…
Por outro lado, Alberto Puig parecia satisfeito com o progresso de Zarco na moto da LCR, acrescendo que para um Catalão, um Francês não é muito distante… O próprio Zarco foi igualmente evasivo, dizendo que “teria de falar com a Honda” mas sabe-se no Paddock que as hierarquias da HRC ficaram impressionadas com a rápida adaptação do Francês…
A seguir atentamente…
