O último Grande Prémio foi outra desilusão para os pilotos espanhóis. Na última volta Maverick Viñales deu tudo para apanhar Pecco Bagnaia, mas deslizou por duas vezes com a sua Aprilia e deixou escapar o italiano da Ducati – e com isso o hino espanhol não tocou uma vez mais…
A ausência do Capitão Marquez, está a deixar a ‘armada espanhola’ à beira de um ataque de nervos. Após doze corridas houve apenas uma vitória espanhola, a de Aleix Espargaró na Argentina que foi também a primeira da sua carreira. O ano glorioso do piloto da Aprilia que luta pelo campeonato do mundo, tem ofuscado uma temporada incomum, desprovida de vitórias dos nossos vizinhos. Desde a lesão de Márquez, o número de vitórias dos pilotos espanhóis vem a cair a pique.
Álex Rins, Jorge Martín e Maverick Viñales têm alguns segundos lugares, mas não vencem. Para descobrir uma época tão negra para os espanhóis, temos de recuar 15 anos e voltar à temporada de 2007 – no ano em que Casey Stoner levou a melhor e Valentino Rossi apanhou quase todas as migalhas deixadas pelo australiano; Dani Pedrosa teve que espere até a décima corrida em Sachsenring para vencer. O ano terminou com apenas duas vitórias espanholas, já que o próprio Pedrosa também venceu a última corrida em Valência, depois de Stoner ter caído na volta de apresentação. Vitória essa que ajudou Pedrosa a ser vice-campeão mundial de MotoGP pela primeira vez na vida.
A verdade é que desde que Marc Márquez se lesionou em Jerez 2020, a tendência das vitórias espanholas tem sido descendente. Em 2020 foram três vitórias, em 2021 cinco (3 de Marc Márquez), e em 2022 tivemos apenas uma após doze corridas.
Embora seja de esperar que em algum momento Espargaró, Viñales ou o próprio Márquez quando regressar consiga somar uma vitória, a verdade é que, se não o fizerem, ficará estabelecido o pior recorde espanhol desde 2005. Nesse ano em que Rossi conquistou o seu segundo título com a Yamaha, não houve uma única vitória espanhola.
