MotoGP: Travessia do deserto da Suzuki manteve-se em Sachsenring
Se há equipa que deve estar contente pela pausa de verão e de dispo agora de algum tempo para reorganizar as suas ideias é sem dúvida a Suzuki. Após nove Grandes Prémios a marca de Hamamatsu somou apenas mais um ponto do que a Aprilia, situação que muito poucos imaginariam no início do novo ano.
No Grande Prémio da Alemanha, em Sachsenring, a estrutura liderada por Davide Brivio conheceu novo ponto baixo ao ficar pela quarta vez em branco esta época, a segunda nas últimas três corridas, ao qual se juntou mais uma vez o facto de nenhum piloto ter conseguido o apuramento para a Q2, a fase decisiva da qualificação.
Andrea Iannone voltou a estar no centro do furacão, pois foi duramente criticado pela antiga glória da marca nipónica, Kevin Schwantz, e durante o fim de semana chegou mesmo a ser o piloto mais lento em pista, facto que despoletou as tais críticas de Schwantz. Na corrida o ‘Maníaco’ sofreu mais uma queda e somou o terceiro abandono da temporada. Concluídas que estão nove provas, Iannone tem apenas como melhor resultado um sétimo lugar, alcançado em Austin, o que é muito pouco para a aposta que foi feita por parte da Suzuki. Isto apesar do transalpino ter referido após o fim de semana de Sachsenring que está “contente”, pois voltou a recuperar a “confiança e boas sensações aos comandos da GSX-RR”.
Já o estreante Álex Rins realizou a segunda prova após a longa paragem por lesão e acabou por ser o último classificado. Mas também em bom da verdade os responsáveis não podem exigir muito nesta fase a Rins, pois o espanhol está ainda à procura da sua melhor forma física. Certamente que no GP da República Checa, a primeira prova depois da pausa de verão, estará já na sua máxima força e aí será possível fazer uma melhor análise ao desempenho de um piloto que foi nono na sua corrida de estreia na classe rainha.
Também não é menos verdade que esta mesma lesão de Álex Rins prejudicou e muito a Suzuki, pois a marca de Hamamatsu competiu praticamente durante a primeira metade do ano só com um piloto. Isto porque os substitutos Takuya Tsuda e mais tarde Sylvain Guintoli nunca demonstraram, e de forma natural, muita capacidade para contribuir para o resultado colectivo de cada fim de semana.
Veremos que tipo de trabalho será desenvolvido nestas quatro semanas de competição e se os principais problemas da GSX-RR, nomeadamente a questão da aderência dos pneus, são resolvidos. Uma coisa parece certa bater mais no fundo parece impossível.