MotoGP, Testes 2021: Sensibilidade de Guintoli na Suzuki elogiada

Por a 20 Março 2021 13:30

Quando o Francês disse que não detetou nenhuma diferença na eletrónica… foi porque tinham-se esquecido de a alterar!

Quando lhe perguntei a diferença ele respondeu que não consegui sentir nenhuma. Claro, tinham-se esquecido de a alterar!” Shinichi Sahara

A importância dos pilotos de testes de MotoGP tem sido sublinhada nos últimos anos pela contratação de grandes nomes como Casey Stoner (pela Ducati), Dani Pedrosa (na KTM), Jorge Lorenzo (para a Yamaha) e agora Cal Crutchlow (também na Yamaha).

Mas é, sem dúvida, um papel ainda mais vital na Suzuki, campeã mundial que, juntamente com Aprilia, tem apenas dois pilotos na grelha de MotoGP e, portanto, oportunidades de desenvolvimento limitadas.

A fábrica de Hamamatsu coloca a maior parte da sua confiança no desenvolvimento nas mãos do antigo campeão mundial de Superbike e piloto das 250 e MotoGP Sylvain Guintoli.

O francês, de 38 anos, ainda é rápido o suficiente para conquistar o 12º lugar em Silverstone em 2019, uma das dez corridas que fez na GSX-RR nos últimos quatro anos.

Mas a sua sensibilidade ao comportamento da moto é igualmente impressionante, como um percalço na Suzuki provou há dias.

“O Sylvain é muito importante para nós desenvolvermos a mota, para avaliarmos a direção. Por exemplo, os seus comentários são sempre muito precisos e o seu tempo de volta está muito próximo dos pilotos de corridas, considerando que ele é um piloto de testes”, disse o líder do projeto Suzuki MotoGP, Shinichi Sahara.

“O engraçado é que ele tentou um item eletrónico, mas acidentalmente o mapeamento não foi alterado. Quando lhe perguntei a diferença ele respondeu que não consegui sentir nenhuma. Eu disse, claro, tens razão! É tão rigoroso!”

“Ele também é consistente e fisicamente muito forte. Mas, infelizmente, no ano passado, devido à situação do Covid-19, não pôde testar tanto quanto queria.”

Guintoli tem vindo a compensar o tempo perdido de pista, trabalhando com uma gama de peças novas, como um chassis e um braço oscilante novos, nos recentes testes do Qatar, bem como experimentar um motor Suzuki de 2022.

O colega Takuya Tsuda, que é habitualmente responsável pelo trabalho de desenvolvimento no Japão, também esteve em pista em Losail.

A melhor volta de Guintoli nos testes de Losail foi de 1:55.642s, que comparado com 1:53.827s para o atual campeão mundial Joan Mir e 1:53,860s para o companheiro de equipa Alex Rins é impressionante. O melhor de Tsuda foi um 1:57.795s.

Além dos seus testes de MotoGP e dos seus deveres de wild-card, Guintoli vai competir no Campeonatodo Mundo de Resistência deste ano para a equipa Suzuki Yoshimura SERT.

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Paulo Araújo
Jornalista especialista de velocidade, MotoGP e SBK com mais de 36 anos de atividade, incluindo Imprensa, Radio e TV e trabalhos publicados no Reino Unido, Irlanda, Grécia, Canadá e Brasil além de Portugal
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