MotoGP, Silly season: ponto de situação do mercado de pilotos
Com o anúncio da renovação de Francesco Bagnaia pela Ducati, ainda há apenas quatro pilotos que sabem que têm o futuro garantido nas suas equipas para lá do final desta temporada. São eles Marc Márquez (Honda), Brad Binder (KTM) e Franco Morbidelli (Yamaha), para além de Bagnaia. Mas, em relação aos restantes, há algumas histórias que vale a pena acompanhar.
Começando pelo campeão em título. Fabio Quartararo não está satisfeito com o progresso da sua moto para esta temporada, a avaliar pelos comentários que já fez. Maio Meregalli, diretor da equipa, insiste que a renovação do piloto é prioritária na equipa. Se Quartararo sair, será que isso abre a porta ao campeão do mundo de SBK, Toprak Razgatlioglu? Se o turco vier, é provável que seja para a Yamaha, mas não está claro se é para a equipa de fábrica ou para a RNF. E isso diz respeito a Andrea Dovizioso e Darryn Binder, que se podem sentir pressionados em relação ao seu futuro.
Outro nome que está na ordem do dia é o de Joan Mir. Fala-se muito de uma possível parceria com Marc Márquez na Honda, o que significaria a saída de Pol Espargaró, mas não se sabe se esses rumores têm alguma substância. O piloto já disse que se sente confortável na Suzuki, mas que “nunca se sabe”. Quanto a Álex Rins, deverá ter de melhorar o registo do ano anterior (um único top-3) se quiser manter o lugar.
No que toca à Ducati, não lhes faltam motos na grelha este ano, com um total de oito, e com pilotos muito talentosos. O futuro de Bagnaia está seguro, falta saber se se pode dizer o mesmo de Jack Miller. O australiano ganhou duas corridas em 2021, mas talvez precise de consistência para desafiar o título para manter o lugar a salvo de pilotos como Jorge Martín (uma vitória, três pódios e a distinção de rookie do ano) e Enea Bastianini (dois pódios com o Desmosedici com dois anos de idade). Em relação aos outros pilotos, Johann Zarco e Luca Marini têm muito a provar, tal como os rookies Fabio Di Giannantonio e Marco Bezzecchi.
Quando se fala de outros pilotos sob pressão, já se falou em Pol Espargaró, que, contudo, poderá manter o lugar se continuar com a forma que mostrou na pré-época. Takaaki Nakagami ainda não conseguiu pódios e isso pode virar-se contra ele, sobretudo com a forma de Ai Ogura no Moto2. Álex Márquez conseguiu dois pódios na sua época de rookie, mas 2021 foi mais difícil para ele, e as suas performances também serão avaliadas. E o talento dentro da KTM pode colocar pressão em Miguel Oliveira, Remy Gardner e Raúl Fernández, nomeadamente devido a Pedro Acosta, campeão do Moto3 que está já a impressionar no Moto2.
Por fim, a Aprilia. Aleix Espargaró deu à equipa o seu primeiro pódio em 2021 e Maverick Viñales é um piloto que já sabe o que é ganhar corridas. Se ajudarem a fábrica de Noale a estar regularmente no top-6 e a conseguir um par de pódios, é difícil imaginá-los noutra equipa em 2023.