O Grande Prémio da Catalunha da presente temporada foi uma das provas mais conturbadas até ao momento. Depois do fatídico desaparecimento do piloto de Moto2, Luis Salom, o ano passado foi tomada a decisão de alterar o desenho do circuito para 2017 com a introdução de mudanças na curva 10 (configuração igual à utilizada na Fórmula 1) e a introdução de uma chicane imediatamente a seguir à curva 13 (que vitimou Luis Salom).
Porém os pilotos não gostaram deste novo desenho pelo que no sábado e domingo decidiu-se regressar à configuração que é utilizada habitualmente pelo Mundial de Fórmula 1 e já havia sido também utilizada o ano passado após o acidente de Luis Salom.
Tal desagrado com o desenho pensado para 2017 levou mesmo alguns pilotos, nomeadamente Bradley Smith, a extremar a sua opinião afirmando que o circuito de Barcelona-Catalunha deveria sair do Mundial já em 2019, pois as solicitações dos pilotos para melhorar a pista nunca são ouvidas. Esta hipótese foi aberta à poucos dias pelo responsável máximo da Dorna (entidade promotora do Mundial), Carmelo Ezpeleta, o que parece ter feito soar os alarmes junto dos responsáveis do circuito catalão.
Hoje o presidente do Consórcio do Circuito de Barcelona-Catalunha, Vicenç Aguilera, afirmou que “tudo será feito para manter o circuito no Mundial. Não faz sentido colocar em causa a realização do Grande Prémio no próximo ano”.
Apesar de nada ter sido confirmado fala-se na comunicação social do país vizinho que no futuro serão feitas algumas alterações na pista catalã que vão de encontro aos pedidos dos pilotos como é o caso da colocação de um novo asfalto. Em cima da mesa poderá estar também o regresso ao desenho original do último sector, que não contempla nenhuma chicane a seguir à curva 13 tal como existia no momento em que se deu o acidente do malogrado Luis Salom.