MotoGP, Quem se adaptou melhor e pior ao seu novo construtor em 2023?
Houve um total de oito pilotos que mudaram de construtor de 2022 para 2023, com algumas dessas mudanças a correrem melhor do que outras. Neste artigo, vamos explorar quem tem tido mais e menos sucesso nessas novas aventuras.
Começamos logo por Pol Espargaró, sendo impossível dizer se a adaptação do espanhol à nova moto está a ser bem-sucedida ou não. Espargaró falhou todas as oito rondas do campeonato até agora, devido à lesão que sofreu em Portimão, mas deverá voltar em Silverstone, com as conclusões a poderem ser tiradas na segunda metade da época.
Nos outros casos, Jack Miller foi aquele que mais sucesso tem tido. O australiano, que estava na Ducati em 2022, passou para a KTM e já conseguiu 79 pontos até agora, sendo sétimo do campeonato. Miller conseguiu dois pódios no Grande Prémio de Espanha, mas também tem brilhado nas qualificações, assegurando a primeira linha da grelha em Sachsenring e Jerez. Os fins de semana de Le Mans, Assen e Austin foram os menos conseguidos, mas tem condições para fazer uma igualmente boa segunda metade de época.
Álex Márquez também já conseguiu pontos importantes, ocupando o décimo lugar do campeonato. O espanhol, que estava na LCR Honda no ano passado, foi este ano para a Ducati, ao serviço da Gresini. Não se tem livrado de algumas quedas, por exemplo em Austin, Le Mans e Mugello, tendo terminado sete corridas com zero pontos. Ainda assim, já conseguiu uma pole position, na Argentina, onde também assegurou um pódio, e tem 63 pontos no total, apesar de vários Grandes Prémios em branco.
Augusto Fernández ainda não vai lutando por vitórias, mas tem tido um primeiro ano positivo no MotoGP. O único rookie da grelha conseguiu um excelente quarto lugar em França, depois da sua primeira aparição na Q2, e é apenas um de dois pilotos (o outro é Franco Morbidelli) que conseguiu pontos em todas as corridas, demonstrando grande consistência. Com o líder da equipa Pol Espargaró lesionado desde o início, as performances de Fernández ganham um significado maior.
Álex Rins é o único dos oito pilotos que trocaram de construtor que já venceu um Grande Prémio este ano, nos Estados Unidos, fim de semana onde também foi segundo classificado na corrida sprint (com 34 dos seus 47 pontos a serem conseguidos na mesma ronda). Apesar de ter falhado as últimas três provas devido à lesão contraída em Mugello, o antigo piloto da Suzuki ainda está à frente do colega de equipa da LCR Takaaki Nakagami no campeonato.
Miguel Oliveira tem sido altamente azarado desde que se juntou à RNF, vindo da KTM. O português tem apenas 27 pontos, mas já falhou algumas provas devido às lesões que sofreu nos incidentes com Marc Márquez em Portimão e com Fabio Quartararo em Jerez. O luso tinha-se qualificado em quarto em Portimão e ocupava o segundo lugar da corrida antes de Marc Márquez o atirar ao chão, sendo de esperar mais do luso na segunda metade da época se a sorte o acompanhar.
Raúl Fernández tem tido alguns problemas neste seu primeiro ano com a RNF, depois de ter representado a KTM no ano passado, ao serviço da Tech3. O espanhol já pontuou quatro vezes este ano, embora nunca tenha ido além do 12.º lugar, resultado que conseguiu em Assen. Perturbado por problemas de arm pump que o obrigaram a ser operado e a falhar o Grande Prémio de França, Fernández espera poder mostrar mais daqui em diante.
Por fim, Joan Mir também pretenderá reverter por completo a sua sorte da primeira parte da época. Numa temporada marcada por quedas e lesões, o espanhol já teve de desistir dos Grandes Prémios de Argentina, Espanha, Itália, Alemanha e Países Baixos. O antigo piloto da Suzuki tem apenas cinco pontos conquistados, todos em Portimão, e quererá dar uma enorme volta à sua temporada.