MotoGP: Os pilotos que mais e menos progrediram ao longo de 2021

Por a 7 Dezembro 2021 16:56

As diferenças pontuais dos pilotos de MotoGP entre a primeira e a segunda metade da temporada 2021, revelam alterações significativas nos desempenhos. Baganaia foi o que melhorou mais, em sentido ascendente e oposto ao de Miguel Oliveira.

Houve diferenças substanciais na acumulação de pontos de vários pilotos, entre a primeira e a segunda metade do campeonato de MotoGP.  Um deles foi Pecco Bagnaia, que se tivesse conseguido igualar os 143 pontos da segunda metade da temporada de MotoGP durante as primeiras nove jornadas, teria sido o suficiente para vencer Fabio Quartararo na corrida ao  título por uma diferença de oito pontos. Isto não é nenhuma surpresa, tendo em conta a sequência quase perfeita do italiano no final da temporada, onde – além de cair da liderança em Misano – somou 116 dos 125 pontos possíveis em disputa até Valência.

No entanto, outro piloto da Ducati fez uma melhoria ainda maior na segunda metade do campeonato do que Bagnaia, o estreante Enea Bastianini. Com a GP19 envelhecida da Avintia Bastianini somou 27 até ao GP da Holanda, a 9ª de 18 jornadas. Mas, a partir dai o italiano  quase triplicou a pontuação com 75 pontos entre a Estíria e Valência, incluindo dois pódios. Isso também permitiu ao jovem italiano passar do 16º lugar em Assen para 11º depois do GP de Valência. A sua subida de cinco posições foi o maior feito de qualquer piloto a completar a temporada de 18 jornadas, perdendo apenas para o também estreante Jorge Martin , que subiu nove lugares na classificação depois de falhar quatro corridas devido a uma grave lesão na primeira parte.

Mas o que Martin teria potencialmente alcançado sem as lesões de Portimão? Se o espanhol tivesse conseguido igualar os 88 pontos marcados durante a segunda metade da temporada na primeira, isso teria dado a ele 176 pontos no ano e o colocado em quinto lugar no campeonato do mundo, a poucos pontos de Jack Miller com a moto de fábrica  da Ducati e à frente do seu próprio companheiro na equipa Pramac Ducati Johann Zarco. Este último, foi um dos pilotos que mais sofreu na segunda metade do mundial, ‘perdendo’ 71 pontos em relação ao seu desempenho na primeira metade, e caindo de segundo para o quinto lugar no mundial. Caso o francês tivesse repetido a forma da primeira parte da temporada, Zarco teria fechado o ano com 244 pontos, o suficiente para ficar no terceiro lugar no mundial à frente de Joan Mir .

No entanto, o piloto com maior queda de pontos ao longo da segunda metade da temporada foi Miguel Oliveira. O piloto português da KTM marcou 85 pontos até ao GP da Holanda, com dois segundos lugares (Itália e Alemanha) e a sua brilhante vitória na Catalunha. Oliveira ia de tal forma embalado, que chegou a ser apontado como um potencial candidato ao título pelos melhores entendidos. Mas, em vez disso, marcou apenas nove pontos nas nove jornadas restantes. Como resultado, Oliveira caiu na classificação da sétima para a 14ª posição. Em posição inversa esteve o companheiro da KTM Brad Binder, que somou 31 pontos na segunda metade do mundial, que com uma vitória na Áustria e a pontuar de forma consistente desde o início do ano – só em Jerez o sul-africano não pontuou – subiu de nono para o sexto lugar na segunda metade da época.

Alex Rins, da Suzuki, teve um desempenho semelhante na segunda metade do MotoGP em 2021, reduzindo a sequência de erros iniciais. Bem melhor foi o seu  companheiro de equipe e  campeão do mundo em 2020 Joan Mir. Este teve a temporada mais consistente em termos de pontos, com uma variação de apenas 6 pontos (um DNF em cada metade) no seu caminho para o terceiro lugar no campeonato. Mir passou a contar a a meio da temporada com o dispositivo de altura da GSX-RR, mas não trouxe vantagens significativas à moto, ao contrário de Bagnaia e Miller nas Ducati.

A maior oscilação de pontos entre a primeira metade e o segunda do campeonato de 2021 foi para Maverick Vinales (-84 pontos), que se separou da Yamaha na Áustria e correu pela Aprilia nas cinco das nove jornadas finais.

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Ricardo Ferreira
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