Nos últimos dias a pauta do Mundial de MotoGP tem sido completamente dominada pelo (o) caso de Romano Fenati, mas outro piloto italiano também esteve na berlinda durante o Grande Prémio de San Marino e da Riviera de Rimini e igualmente por aspectos negativos.
Praticamente dois anos depois os adeptos tiveram a possibilidade de ver em acção, no circuito de Misano, o seu grande ídolo, de seu nome: Valentino Rossi. Porém a verdade é que o histórico piloto transalpino passou ao lado do evento, que falhou o ano passado por lesão, e perdeu todas as corridas onde esteve envolvido.
Quer em termos competitivos, aí não apenas por culpa própria, como também em termos de atitudes pessoais. Um cenário que acaba por ser humilhante para um piloto que dispensa apresentações.
Faz hoje uma semana que em plena sala de imprensa da pista de Misano, Rossi recusou o armistício público ao não querer apertar a mão a Marc Márquez, dois pilotos que estão de costas voltadas desde o choque em Termas de Río Hondo. Um gesto que nada dignifica o grande campeão que é Valentino Rossi, mas que aqui e acolá parece ser traído pelo seu gigante ego. Lá bem no fundo deve fazer alguma comichão a possibilidade do jovem Márquez poder vir a pulverizar praticamente todos os recordes, alguns deles que se julgam imortais, de ‘II Dottore’. Daí que surjam atitudes como a que foi vivida em Misano ou na Argentina em que foi mesmo o seu ‘guarda-costas’ Uccio Salucci a expulsar Márquez das boxes da Yamaha, quando este queria pedir desculpas pelo erro cometido em pista, como se tivesse a enxotar uma pulga.
O ramalhete ficou completo em pista, onde muitos esperavam que fosse dada uma resposta à altura. A M1 continua com os seus problemas, que não se sabe bem onde estão, e o resultado disso esteve à vista. Valentino Rossi andou perdido na classificação do fim de semana, tendo visto a bandeira de xadrez em sétimo, isolado em pista e a deixar os muitos fãs reféns das memórias de outrora. Nostalgia e orfandade, sinais típicos de quem marcou uma Era.
Todos estes ingredientes fazem com que o piloto de 39 anos, que não vence há mais de um ano, tenha sido alvo de uma humilhação caseira e numa pista onde, imagine-se, até ao serviço da Ducati deu um ‘ar da sua graça’ ao terminar em segundo. Estávamos então em 2012 e o nove vezes campeão do mundo obteve a sua melhor classificação com as cores de Borgo Panigale. Já o presente foi mau demais para ser verdade.