MotoGP, o Top 10 de 2020: 9, Takaaki Nakagami

Por a 24 Dezembro 2020 14:00

Continuamos o nosso Top 10 empírico, por ordem inversa dos melhores pilotos de MotoGP de 2020 na nossa opinião

Nakagami acabou todas menos 2 provas sempre no Top 10, oito delas entre os primeiros 7

A promessa demonstrada por Takaaki Nakagami em 2020 ainda não se concretizou completamente, mas um par de fatores levaram-nos a incluí-lo neste top 10.

Um deles foi sem dúvida a sua regularidade: Foi de longe a melhor Honda, única entre os 10 finais do Campeonato, e o mínimo que se pode dizer é que preencheu alguma da lacuna deixada pelas ausência forçada de Márquez: Andou com uma moto difícil de domar, e acabou todas menos 2 provas sempre no Top 10, a maior parte das vezes, oito delas, entre os primeiros 7. De facto, embora encontros em pista fossem raros, acabaria por ser o grande rival de Miguel Oliveira na classificação final, batido pelo Português.

Começando com um 10º em Jerez, o japonês da Honda LCR melhorou logo a seguir na Andaluzia para 4º, o que devia ter dado logo um aviso do que estava por vir.

Voltando a um 6º lugar no primeiro encontro na Áustria, depois do oitavo em Brno, e continuando a acabar firmemente nos primeiros 7 ou 8 a maior parte da época, com o piloto a dizer que recurso ao estudo da telemetria dos outros pilotos Honda, nomeadamente Marc, lhe deu as pistas finais para perceber como conduzir a exigente RC213V.
Claro que, com mais tempo livre, perante a ausência de Márquez, um corredio de camisetas azuis vermelhas e brancas de engenheiros do HRC começou a marcar presença entre o negro e vermelho dos técnicos da LCR, mas a grande melhoria de Nakagami foi mental.

Ao chegar a Aragón, a quatro provas do final, pela primeira vez o piloto da Idemitsu voltou a dar provas da sua forma ao longo do ano e veio ter o seu momento de glória num resultado que não ficaria registado nos pontos.

Imbatível nos treinos, fez a pole, mas para a corrida, a pressão de arrancar à frente do pelotão foi demais, e tudo acabaria em lágrimas com uma queda logo nas primeiras curvas, apenas uma de duas ocasiões em que não acabou e pontuou.

Mesmo assim, na primeira visita a Valência ainda acabou de novo em 4º, a uma nesguinha do pódio, antes de ficar de fora de novo na segunda visita.

Para fechar a sua época em beleza, Nakagami viria a acabar com um sólido 5º em Portimão, o que adicionado ao facto de que foi a única Honda no top 10, e como sempre, andava com a moto desfasada um ano dos restantes, falou volumes de quanto o piloto de 28 anos cresceu em 2020, que sem dúvida será o seu ponto partida para 2021.

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Paulo Araújo
Jornalista especialista de velocidade, MotoGP e SBK com mais de 36 anos de atividade, incluindo Imprensa, Radio e TV e trabalhos publicados no Reino Unido, Irlanda, Grécia, Canadá e Brasil além de Portugal
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