MotoGP, o Top 10 de 2020: 2, Franco Morbidelli

Por a 31 Dezembro 2020 15:00

Um dos 2 pilotos com mais vitórias em 2020, Morbidelli acabou como vice-campeão após ter um fim de época fortíssimo, ao contrário do outro 3 vezes vencedor Quartararo

As outras vitórias vieram no fim da época, liderando do princípio ao fim, sem ninguém ser capaz de atrapalhar o melhor que a Yamaha tem para dar

O ano passado, o desempenho de Franco Morbidelli foi algo ensombrado pelo seu colega de equipa rookie Fábio Quartararo.

Enquanto Quartararo lutou com Marc Márquez ao longo de 2019, frequentemente batendo o Espanhol na qualificação, senão nas corridas, Morbidelli teve que rever todo o seu estilo de pilotagem para conseguir tirar partido dos pontos fortes da Yamaha, depois de ter passado o primeio ano em MotoGP numa Honda após sair da Moto2.

Ao contrário de Quartararo, que deixa o seu talento natural fluir, Morbidelli trabalha gradualmente com afinco, levando tempo a encontrar os seus limites passo-a-passo, nunca tentando por a carroça à frente dos bois, e só depois começa a sentir-se confortável e a puxar para encontrar os limites.

No entanto, ao ser preterido na hierarquia da Yamaha, como o único piloto com uma moto de 2019, tinha um ponto a provar em 2020.

O facto é que nenhuma M1 de especificação A de equipas independentes tinha vencido em Moto GP, e foi exatamente isso que Morbidelli fez em 2020, por três vezes.

O feito foi impressionante porque no princípio do ano, que Morbidelli começou com um sólido 5º em Jerez, o Italo-Brasileiro nem sequer era considerado um candidato aos lugares de topo.

Apesar de não acabar na Andaluzia, “Morbi” seguiu isso com um excelente segundo em Brno, e um par de resultados indiferentes depois, venceria pela primeira vez em San Marino.

As suas outras vitórias vieram em Teruel e em Valência, quase no fim da época, e enquanto as outras Yamaha pareciam perdias, foram dominadoras, liderando do princípio ao fim, sem ninguém ser capaz de atrapalhar as suas curvas fluídas com a inserção em curva a grande velocidade que lhe permitiu aproveitar o melhor que a Yamaha tem para dar a caminho do vice-Campeonato.

O facto é que, permanecendo na equipa de Petronas para 2001, onde estará ao lado de Valentino Rossi, Morbidelli vai ser mais uma vez o único piloto com uma Yamaha de especificação de 2019 da grelha.

Resta ver se, em vista dos tiros no pé que a Yamaha conseguiu dar esta época, isso não se virá a provar mais uma vez uma vantagem para o meio brasileiro!

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Paulo Araújo
Jornalista especialista de velocidade, MotoGP e SBK com mais de 36 anos de atividade, incluindo Imprensa, Radio e TV e trabalhos publicados no Reino Unido, Irlanda, Grécia, Canadá e Brasil além de Portugal
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