MotoGP: O canto do cisne de Dani Pedrosa?
Nunca foi campeão do mundo de MotoGP, mas é um dos pilotos mais eficazes do novo milénio na classe maior. Desde 2006, sempre em representação da Honda, que Daniel Pedrosa Ramal vence pelo menos uma corrida em MotoGP. Registo que nem nomes como Valentino Rossi ou Jorge Lorenzo conseguem igualar.
Ao mesmo tempo é o segundo piloto da história do Mundial, atrás de Rossi, a ultrapassar os 4000 pontos somados no Mundial.
Hoje aquele que é o terceiro piloto com mais pódios na classe maior, atrás apenas dos lendários Valentino Rossi e Giacomo Agostini, anunciou que no final de 2018 está de partida da Honda, construtor que está ‘colado’ à sua pele desde o início desta longa jornada, então nos tempos das 125cc. É o adeus de uma figura simpática, mas tímida e que nunca foi de fazer grandes títulos na imprensa, pois sempre pautou o seu comportamento dentro ou fora de pista com uma grande descrição.
Ao longo de todos estes anos apenas ficou a faltar o título de campeão do mundo de MotoGP, tendo sido duas vezes vice-campeão do mundo. Conquista chave na carreira de qualquer piloto dirão muitos e talvez por isso faz com que Dani não tenha o devido reconhecimento, mesmo dentro de portas.
No final de 2018 chega o adeus à Honda, pois para Pedrosa é “tempo de mudar e abraçar novos desafios”. No entanto é aqui que levanta-se a dúvida. Aos 32 anos, com pouco para provar no panorama do MotoGP e as vagas nas equipas oficiais praticamente fechadas para 2019, colocamos a questão se o piloto de Sabadell continuará a sua aventura por estas bandas. É que, sinceramente, não estamos a ver Dani Pedrosa a baixar para uma equipa satélite e rodar em posições bem mais secundárias durante uma longa época de Grandes Prémios.
Basta ver que este ano o piloto espanhol, se calhar já ciente do adeus à Honda, parece estar a apresentar, aos poucos, indícios de uma quebra de motivação à medida que as coisas nesta temporada não estão a sair de feição, pois em seis Grandes Prémios já somou três abandonos.
Muito curiosidade para saber qual o rumo que será dado pelo piloto de 32 anos. Não é de excluir uma hipotética retirada de alguém que, desde 2013, é colega de equipa de uma figura que um dia disse, na sua inocente juventude, que apenas pretendia ser piloto de motos como ele. E isso, meus senhores, não há título mundial que compre….