MotoGP, O ano de Miguel Oliveira: das duas vitórias à chuva à mudança de equipa

Por a 28 Dezembro 2022 17:00

O ano de 2022 representou o fim do ciclo de Miguel Oliveira com a KTM, mas o português ainda se despediu dos austríacos com duas vitórias. O futuro do português passará agora pela RNF Aprilia, mas, com o final do ano a aproximar-se, importa fazer uma retrospetiva do que foi o ano do Falcão.

A primeira amostra não foi a mais positiva, com o piloto a cair na prova inaugural do ano, no Qatar, mas rapidamente se redimiu na ronda seguinte. Com chuva a cair no traçado de Mandalika, na Indonésia, o Falcão deu um dos seus recitais e venceu. Depois da euforia, vieram duas provas em que o português não conseguiu ser competitivo, na Argentina e nos Estados Unidos.

O regresso à Europa deu-se com o Grande Prémio de Portugal, em que Miguel Oliveira não conseguiu repetir a vitória de 2020, mas alcançou ainda assim um quinto lugar. Nas três provas seguintes, em Jerez, Le Mans e Mugello, lutou sempre pelos pontos, com desfechos distintos (12.º em Jerez, queda em Le Mans quando estava nos pontos e um nono lugar em Mugello, voltando a ser nono nas três provas seguintes). Mas, por esta altura, já a KTM tinha proposto ao seu piloto o regresso à Tech3, face ao interesse em Jack Miller para a equipa de fábrica, algo que não agradou ao luso.

De regresso às pistas, o piloto da KTM alcançou um sexto lugar em Silverstone, dando sequência com mais três provas a pontuar, mas sempre fora do top-10 (Áustria, San Marino e Aragão). Entretanto, a KTM ainda tentou uma última cartada para convencer Miguel Oliveira a ficar, com o anúncio da GASGAS, mas foi anunciado durante o verão que o luso iria mesmo correr pela RNF, equipa-satélite que irá passar para as mãos da Aprilia em 2023.

A entrada na ronda asiática foi positiva para o piloto português, que foi quinto classificado no Japão, voltando depois a vencer na Tailândia, com mais uma corrida à chuva, em que Oliveira se destaca dos restantes. Na Austrália e na Malásia, foi menos competitivo, com resultados nos pontos, mas fora do top-10. A despedida da KTM deu-se em Valência, com novo quinto lugar.

Para 2023, resta saber o que vai fazer o Falcão na nova moto, sendo que as primeiras impressões dos testes efetuados em Valência (em que foi quarto classificado) são positivas. Para trás fica uma longa ligação à KTM, feita de altos e baixos, mas com a garantia do piloto de que deixou todo o suor que tinha no corpo.

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