MotoGP, Miguel Oliveira: “Todos já tiveram problemas com as jantes brancas”

Depois de mais uma ronda azarada na Áustria para Miguel Oliveira, o português admite que procura o ponto de viragem definitivo na sua temporada. O piloto da RNF recusa apontar dedos à equipa pelo problema que levou ao fim da sua corrida no domingo, comentando ainda a possível chegada de Sito Pons à RNF.

“É verdade que os últimos Grandes Prémios têm sido muito desafiantes, por diversos motivos. O Grande Prémio da Áustria teve um ligeiro problema técnico relacionado com os chumbos que equilibram a roda, fui forçado a retirar-me por esse motivo, no sábado foi por uma pequena carambola logo na primeira curva. Está a ser uma temporada que está a forjar caráter nos momentos mais desafiantes, por alguma razão será. Estou à espera do ponto de viragem, estamos à procura dele. O ponto de viragem é sempre bem-vindo, Silverstone foi um Grande Prémio em que iniciámos esse ponto de viragem, tivemos uma melhoria significativa na qualificação na Áustria. Tudo indicava um fim de semana normal até chegarem os momentos mais importantes, não consigo precisar se o Grande Prémio da Catalunha será ou não o ponto de viragem, mas a nossa abordagem não muda, continuamos com motivação para fazer o melhor resultado possível, e, do lado da equipa, mitigar estes pequenos erros, foi uma pequena falha com aquela jante”, disse, em declarações à Sport TV.

“As jantes brancas servem apenas para tentar dissipar um pouco o calor que é emanado pelos discos de 355, que são os mais espessos da temporada, e também pelas pinças dos travões dianteiros. Todos os pilotos, e algumas fábricas, já tiveram este problema. Na KTM, por exemplo, no ano passado, com estas jantes brancas, tivemos um pequeno problema também. A partir daí, cada construtor tem a sua abordagem ao procedimento, a Yamaha, por exemplo, tem jantes cinzentas em vez de brancas, mas todos aqueles que já usaram as jantes brancas, numa altura ou outra, este problema aconteceu. Não é algo novo, não é falta de cuidado, não é falta de profissionalismo num detalhe tão pequeno e deitar fora um resultado. A equipa está empenhada em descobrir o que aconteceu, na corrida da Áustria, também aconteceu a outros pilotos, embora eles não tivessem falado, eu também não vou revelar. Aquilo que estamos a fazer é, junto com a Michelin e com o fabricante das jantes, perceber o porquê desta pintura fazer com que, numa alta temperatura, os chumbos saiam. Sei muito pouco, sei que o Sito vai-se juntar ao management da equipa, julgo eu que a trabalhar mais no setor financeiro da equipa, provavelmente em busca de patrocinadores, mas ainda não me foi comunicado oficialmente que o Sito se irá juntar, mas as vozes de corredor já são bastante altas. Estive poucas vezes com o Sito, falámos algumas vezes para ir para a equipa dele, nunca se realizou, mas, do pouco que conheço, para além do currículo, é uma pessoa bastante assertiva e profissional. Não creio que vá influenciar muito o meu trabalho, porque ele vai estar noutro departamento, mas é sempre bem-vinda uma pessoa com a envergadura de palmarés que o Sito tem, é sempre bem-vindo a uma estrutura de MotoGP”, referiu.

Bernardo Figueiredo

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