MotoGP, Miguel Oliveira (9.º): “Só vi este apoio com um tipo chamado Valentino Rossi”
Miguel Oliveira conseguiu terminar a sua corrida caseira dentro dos dez primeiros, com o piloto português a explicar o momento em que perdeu algumas posições seguidas e a dizer que não podia ter feito muito mais. De resto, o luso agradeceu a todos os que o apoiaram em Portimão ao longo do fim de semana.
“Sem as quedas no final da corrida, acho que o potencial era para ter terminado onde terminei. O que aconteceu foi que, na travagem para a primeira curva, o Bezzecchi ultrapassou-me na descida um pouco mais tarde, colocou-se ao meu lado, e, com todo o vento que a mota dele fez ao passar por mim, criou um efeito de sucção enorme e eu segui em frente, com a pista cheia de pó fora da trajetória, não consegui mesmo parar a mota e perdi essas posições nas últimas cinco voltas, sem hipótese para recuperar porque o ritmo era bastante igual. Tenho a certeza que, se tivesse continuado na frente do Bezzecchi, seria um sexto lugar, mas foi ligeiramente mais positivo, foi a mota mais competitiva que pilotei durante todo o fim de semana, algum sinal para melhorar, mas mesmo assim foi uma corrida complicada”, disse.
“A equipa precisa de melhorar, precisa de me dar uma mota melhor e neste momento não está a conseguir encontrar o caminho para isso. Tenho de continuar a trabalhar e não perder a paciência nem o ânimo. São duas corridas ainda, das 30 e algumas que ainda temos pela frente, existe muito tempo para melhorar, o foco no Texas é melhorar o resultado que fiz em Portimão. Foi fantástico, eu só presenciei isto uma vez na vida e foi com um tipo chamado Valentino Rossi. Nunca vi um circuito inteiro a gritar pelo nome de apenas um piloto, foi fantástico. É um privilégio enorme correr em Portugal e contar com os melhores fãs do mundo. Gostaria de ter brindado o público com outro resultado, mas ficou bem notório que o meu empenho foi máximo, mais do que isto não podia fazer”, disse.