MotoGP, Miguel Oliveira (5º.): “Sabia de antemão que poderia ter problemas com o pneu dianteiro”

Miguel Oliveira (RNF Aprilia) batalhou durante várias voltas por um lugar de pódio, até problemas com o pneu dianteiro o obrigarem a perder duas posições para as Pramac Ducati de Martin e Zarco, terminando em quinto a corrida principal do GP da Catalunha.

O GP da Catalunha começou com cenas dramáticas no domingo, quando vários pilotos cairam na primeira curva devido a uma colisão na largada. “Fiquei surpreso porque foi um acidente grave e desta vez não estive envolvido nesse caos”, disse Miguel Oliveira.

O português deu a sua opinião sobre a razão desses acidentes graves de partida estarem a ocorrer com mais frequência. “A única coisa que pode ser feita para evitar tais incidentes é proibir o dispositivo de altura. Porque temos que travar muito forte e tarde para desativar esse auxílio de partida. Como temos que começar com baixa pressão de ar, o pneu ainda não está pronto para tais cargas. Se tentarmos ultrapassar demasiados pilotos nas primeiras curvas sem que a moto esteja preparada, acidentes como estes podem repetir-se.”

No reínicio da corrida o cinco vezes vencedor de Grandes Prémios de MotoGP posicionou-se diretamente no vácuo da dupla da Aprilia, Maverick Viñales e Aleix Espargaró. Mas não conseguiu acompanhar o ritmo da frente, por isso teve que largar os dois espanhóis. Será pela diferença da moto, por Miguel Oliveira não competir com uma RS-GP 2023 mas com um modelo do ano passado? Questionaram os nossos colegas da Speedweek.

“Não sei. Temos que nos aprofundar nos dados e analisar o que tenho que fazer de diferente com a moto de 2022 para estar mais próximo dos pilotos de fábrica na corrida.”

Oliveira cruzou a linha de chegada em quinto lugar, três segundos atrás do francês Johann Zarco. O motivo segundo ele foram dificuldades semelhantes às de sábado.

“Sabia de antemão que poderia ter problemas com o pneu dianteiro durante a corrida e isso aconteceu. Estive muito forte nas primeiras oito voltas, mas a partir daí a minha sensação foi piorando cada vez mais. Tentei segurar atrás de mim, primeiro o Martin e depois o Zarco, mas infelizmente não funcionou.”

Na tabela do campeonato, com o o sexto lugar no sprint e o quinto lugar na corrida principal o piloto luso subiu ao 14º lugar, estando agora a 3 pontos de Augusto Fernandez (GasGas Tech3) e a 12 de Franco Morbidelli (Yamaha).

O MotoGP prossegue no próximo fim-semana, de 8 a 10 de setembro, com o Grande Prémio de San Marino e da Riviera de Rimini.

Ricardo Ferreira

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