MotoGP: Marc Márquez numa MV Agusta em 2026?
Segundo a sempre muito ‘criativa’ imprensa espanhola, Marc Márquez estaria na mira não só da equipa oficial da Ducati, mas também do grupo austríaco KTM, que gostaria do colocar numa hipotética terceira equipa com a marca MV Agusta.
Em Espanha fantasia-se muito sobre o futuro do piloto da Gresini, que está muito bem aos comandos da Desmosedici. As hipóteses são as conhecidas: Ducati oficial ou KTM , mas há também a fascinante sugestão de um regresso da MV ( hoje propriedade da KTM ), aliás com motor “próprio”.
Convidado do podcast Duralavita, que também conta com Jorge Lorenzo entre os participantes, Ricard Jové destacou que o diretor geral da Ducati Corse, Gigi Dall’Igna, teria um fraquinho por Marc Márquez . Do respeito mútuo a uma oferta sensacional, para a imprensa espanhola seria um pequeno passo: em 2025 poderão até abrir-se as portas da equipa oficial da Ducati . A suposição não colide com a lógica: trazer Márquez para a equipa oficial certamente deixaria os patrocinadores felizes, enquanto no que diz respeito ao equilíbrio interno da equipa… bom, depois do que vimos em Portimão é difícil pensar em algo positivo.
Quanto à hipótese do envolvimento de Marc num projeto da KTM, o caminho parece estar completamente inventado. O destino mais provável – se a marca austríaca quisesse realmente apostar decisivamente em Márquez – seria atribuí-lo à Gas Gas ou à própria KTM. Augusto Fernandez é jovem, mas em comparação com Pedro Acosta desapareceu do radar, Jack Miller começa a ser um veterano e de qualquer forma haveria espaço para ele se lhe fosse libertado um assento na Gas Gas. Porém, no que diz respeito a um possível regresso da marca MV Agusta, parece muito improvável.
Stefan Pierer explicou em novembro: “Não descarto a participação da MV Agusta no MotoGP como uma marca separada depois de 2026”. A data não é aleatória: na lógica dos austríacos, a entrada de uma nova marca está ligada à introdução dos novos regulamentos. A este respeito, o director desportivo Pit Beirer entrou em mais detalhes: “O MotoGP irá evoluir na direção da F1. Os fabricantes terão uma plataforma de motores como na Fórmula 1. As equipas serão caracterizadas por chassis diferentes”.
Traduzido em termos ainda mais simples: criar agora uma terceira equipa seria apenas um esforço económico, mas fazê-lo com as novas regras poderia levar à experimentação de soluções diferentes. O certo é que nada os impediria de introduzir ainda agora um chassis diferente nas outras duas motos da marca MV Agusta, só precisamos de ver se a KTM pretende gastar muito. Assumir outra equipa não seria fácil , se incluíssemos também o salário de Márquez… é verdade que Mattighofen não tem grandes problemas financeiros, mas seria um passo decididamente importante.
Sonhar não custa…
A empresa austríaca entrou na MV Agusta em 2022, assumindo 25% da marca, com possibilidade de subir para 50,1% das ações até 31 de dezembro de 2025. Os austríacos decidiram avançar cedo e agora a MV Agusta está sob o seu controlo.
A marca é certamente prestigiante e merece uma vitrine excepcional, até porque um desafio com a Ducati e a Aprilia no mesmo contexto seria explosivo do ponto de vista mediático. Marc Márquez, por sua vez, seria um campeão de primeira linha em campo, um pouco como um certo Giacomo Agostini montado nas motos do conde na época.
Seria de facto, um final de carreira de sonho para o agora oito vezes campeão mundial. Mas… nunca se sabe o que vai na cabeça do piloto de Cervera, havendo ainda a equacionar um proverbial regresso à marca de Soichiro Honda.