MotoGP: Marc Marquez em repouso absoluto, apenas autorizado a fazer caminhadas

Por a 27 Novembro 2021 13:47

Tudo permanece em silêncio em torno do seis vezes campeão mundial de MotoGP Marc Márquez, e também nas redes sociais. Em virtude da lesão ocular (diplopia), foi imposto ao piloto de Cervera pelos médicos repouso absoluto durante seis semanas, está impedido de fazer exercícios nesse período e podendo apenas realizar ligeiras caminhadas. Um problema para ele, e também para a Honda.

Os gestores da Honda estão profundamente preocupados com o bem-estar e recuperação do seis vezes campeão do mundo de MotoGP Marc Márquez, que sofreu uma contusão grave num acidente de treino há quatro semanas. Após o seu acidente num treino em off-road, o piloto da Repsol Honda decidiu inicialmente não alinhar no GP do Algarve a 7 de novembro e, os japoneses do HRC, só descobriram a verdade aos bocados. Só sete dias depois da “leve concussão” de Marquez é que os fatos reais foram revelados!

Durante um exame na Clínica Dexeus em Barcelona, ​​o Dr. Sánchez Dalmau revelou que o piloto tinha uma diplopia no dia 8 de novembro. Isso significa que Márquez reconhece duas imagens de um único objeto, ou seja, imagens binoculares duplas. O Dr. Dalmau explicou: “O exame que Marc Márquez fez após o acidente confirmou que o piloto estava com diplopia. O exame também revelou paralisia do quarto nervo direito com envolvimento do músculo oblíquo superior direito. O tratamento conservador foi escolhido com atualizações regulares para acompanhar o desenvolvimento clínico. Este nervo foi ferido em 2011.”

Naquela época, depois da queda de Moto2 no TL1 de Sepang, demorou quatro meses e meio para o espanhol voltar às corridas. Obviamente, ninguém pode avaliar seriamente se a lesão atual é leve ou mais séria.

No GP de Valência, a Honda informou: “O trauma está exatamente no mesmo lugar de 2011. A visão dupla acontece assim que Marc olha para baixo. A visão para cima e para frente não é prejudicada.” É claro para todos os envolvidos: será um pequeno milagre se a Repsol-Honda quiser ter um Marc Márquez 100 por cento operacional no início da temporada de 2022, de 6 a 8 de março em Doha, no Qatar.

De momento, nada se sabe sobre o futuro de Marc Marquez, se estará apto para  participar nos testes IRTA para a classe de MotoGP nos dias 5 e 6 de fevereiro em Sepang (Malásia) e de 11 a 13 de fevereiro no circuito da Mandalika na Indonésia.

O que se sabe é que foi imposto pelos médicos a Marc Márquez um repouso absoluto de seis semanas. O espanhol não está autorizado a fazer exercícios durante este período, qualquer exercício é estritamente proibido, apenas caminhadas são permitidas. Depois, em meados de dezembro, será feito um exame ao seu estado, mas na atualidade o piloto de Cervera ainda sofre de diplopia e vê imagens binoculares duplas. Não se pode avaliar quanto tempo vai demorar até que Marc Márquez seja fisicamente capaz de controlar a Honda RC213V até ao limite, e é bem possível que o espanhol só consiga participar nas corridas de MotoGP com algum atraso, como sucedeu em 2021. Há até quem especule que o espanhol possa vir a ter um ano de folga, porque o novo contrato com a Honda de Marc Marquez estende-se até o final da temporada de 2024.

Claro que isto pressupõe problemas para a Honda, e para oponentes como Fabio Quartararo (Yamaha), Pecco Bagnaia (Ducati), Joan Mir (Suzuki), e muitos outros, pode significar que Marquez perdeu a sua aura de invencibilidade. Porém, nas suas últimas quatro corridas em 2021, Márquez ainda marcou 83 pontos, Bagnaia apenas 66 e Quartararo 61.

Um Marc Márquez saudável aos 28 anos ainda é uma séria ameaça, apesar dos muitos contratempos e contusões.

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Ricardo Ferreira
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