MotoGP: Marc Márquez aborda as diferenças entre a Ducati e Honda
A vida mudou para Marc Márquez. Em 2024 o espanhol vai competir por uma equipa cliente pela primeira vez na sua carreira, depois de onze anos e vários títulos como o piloto de ponta da Honda.
O espanhol revelou porque a sua estreia na Gresini-Ducati foi tão tranquila no teste de novembro em Valência, e o que mais o surpreendeu na Desmosedici GP23. “Era normal para mim ter quatro motos na garagem durante o teste. Desta vez só havia uma, por isso foi tudo muito mais tranquilo. Abordei isso de maneira descontraída e passo a passo.”
Após as primeiras trocas de marchas na Ducati e várias voltas de adaptação à nova montada, o oito vezes campeão mundial esteve no topo da tabela de tempos e terminou o teste de um dia em quarto lugar, enquanto o irmão Alex foi sexto.
“Assim que pressionei, o tempo da volta veio sozinho. Mas em Valência sou sempre muito rápido. Agora estou curioso para ver como a moto se comporta em percursos onde de outra forma eu teria dificuldade. É aí que o nosso nível irá aparecer”, disse o recém-chegado à Ducati, olhando para pistas como o Qatar e a Malásia.
Em seguida, o espanhol de 30 anos falou das diferenças que encontrou na pista com a Ducati, comparando-as com as sensações na moto japonesa.
“Com a Ducati é preciso abordar a volta de forma diferente. A maneira como se faz as curvas também é completamente diferente. A Honda também tem os seus pontos fortes em algumas áreas da curva. Mas não posso mais usar esses pontos fortes e é por isso que tenho que mudar a minha forma de pilotar. Acima de tudo, tenho de aprender a usar a potência adicional e colocar a melhor aderência a meu favor ao sair das curvas. “
“Em Valência conduzi com muita facilidade e com extrema delicadeza. Mas ainda não sei se esse será o meu estilo de pilotagem na Ducati. Mas a verdade é que não senti necessidade de rodar agressivamente para encontrar o limite da moto.” Concluiu Márquez sobre as sensações que encontrou a bordo da Desmosedici GP23.