MotoGP, Malásia, Miguel Oliveira: “Espero que chova, sim”

Por a 22 Outubro 2022 14:52

Miguel Oliveira espera que chova no domingo em Sepang, porque já ganhou com a chuva na Indonésia e na Tailândia em 2022. O almadense explica porque não teve um bom começo no seco.

Há uma semana, Miguel Oliveira partiu do 24º lugar na grelha em vez do 21º devido à penalização da grelha, e na Malásia o cinco vezes vencedor do MotoGP vai começar a corrida a partir do 18º lugar na grelha. O piloto português não pareceu muito abatido, com a KTM RC16 a revelar as suas antigas fraquezas de qualificação numa única volta em Phillip Island e Sepang recentemente.

“Não foi um dia satisfatório. Fizemos algumas alterações de configuração para o TL4. Isso parecia funcionar bem, mas com o novo pneu no Q1 fui confrontado com uma estranha vibração no pneu da frente. Mas já não podíamos mudar o pneu. As vibrações apareceram principalmente do lado esquerdo, mas também foram sentidas do lado direito. Essa foi a maior limitação para mim na qualificação. Desse ponto de vista, foi um dia decepcionante”.

Muitos pilotos queixaram-se dos solavancos no apex da curva 8, o que levou a muitos acidentes.

“Sim, lá é muito cansativo. Sabe exactamente qual a linha a seguir se quiser ser rápido. Mas os solavancos estão mesmo na linha da corrida. Por vezes não se pode evitá-los. Não é o ideal, só é preciso abrandar um pouco”.

Qual é então o problemas que está a afectar o rendimento das KTM aqui em Sepang?

“Quando seguimos os outros pilotos percebemos que nos falta algo, não temos força suficiente, não colocamos energia suficiente no solo para andarmos depressa. A diferença não é grande, sabemos isso, mas perdemos a maior parte do tempo a sair das curvas. Isto não é novidade para nós. Porque sabemos que se tivermos alguma aderência, podemos andar melhor em curva. Não temos muito espaço de manobra, dificilmente podemos parar a rotação, mesmo que joguemos um pouco com a resposta do acelerador”. Explicou ao Speedweek Miguel Oliveira.

“A situação é diferente da de Phillip Island. Aí tinha um ritmo de corrida muito bom. Sabia que podia perder alguns lugares na corrida e recuperar. Mas amanhã dependerá do poder do corpo, o quanto eu puder fazer avançar. Terei de ir no máximo ataque desde o início até ao fim. Ainda temos ideias para o Warm-up, talvez possamos melhorar um pouco a moto”.

O Miguel está à espera de chuva?

“Espero que chova, sim. Este ano estive melhor em todo o lado à chuva do que no seco. Não posso dizer de que é que isso se deve. Este ano fui apenas competitivo em todas as sessões molhadas. Mas eu nem sempre fui o mais rápido no molhado. Penso que me posso adaptar rapidamente a uma pista molhada, depois compreendo rapidamente onde estão os limites. Mas se chover aqui no domingo, não posso dizer a 100% que serei rápido. As pessoas têm de compreender que conduzir à chuva não é canja. Não é um trabalho fácil”.

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Ricardo Ferreira
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