MotoGP, Lin Jarvis (Yamaha): “Precisamos de ser menos conservadores”

Por a 3 Março 2024 12:20

Max Bartolini mudou-se da Ducati para a Yamaha, afim de assumir o novo papel de ‘Diretor Técnico de Operações de MotoGP’ para o difícil projeto da YZR-M1. Lin Jarvis, diretor da Yamaha Racing, acredita que com esta contratação a marca japonesa vai dar um passo adiante.

A chegada dos ex-engenheiros da Ducati Marco Nicotra, em outubro passado, e Max Bartolini, em janeiro, marca a ‘terceira fase’ na nova abordagem da Yamaha no MotoGP. Embora a Yamaha tenha conquistado o campeonato do mundo com Fabio Quartararo em 2021, a partir de então a balança pendeu a favor da Ducati

A ascensão das marcas europeias – Ducati, KTM e Aprilia – desde então sobrecarregou os fabricantes japoneses. A Honda não venceu em 2022 e a Yamaha em 2023. Ambas as fábricas japonesas estão a implementar grandes mudanças, que no caso da Yamaha começaram com a contratação do ex-designer de motores de F1 Luca Marmorini em 2022.

“A chegada do Max Bartolini faz parte de todo um processo que começou  provavelmente em 2022, quando assumimos o contrato com Luca Marmorini e a sua equipa de engenheiros, para nos ajudar a desenvolver o motor. ‘Olhar para fora do Japão, olhar para fora da nossa caixa, adquirir novos conhecimentos e adquirir mão de obra adicional’, foi a primeira fase.” Explicou Lin Jarvis, diretor da Yamaha Racing.

A segunda fase foi bem mais recente, em agosto passado, quando a Yamaha iniciou o contrato de colaboração com a Dallara, um especialista automóvel bastante famoso. “Eles começaram a nos ajudar com a aerodinâmica porque, honestamente, estamos bem atrasados ​​com a aerodinâmica.”

Sobre a terceira parte do processo, Jarvis esclarece que “foi provavelmente quando tiramos Marco Nicotra da Ducati e ele agora é chefe do nosso novo departamento de aerodinâmica com sede em Itália. Ele juntou-se a nós em outubro e agora conseguimos contratar Max Bartolini, que se juntou a nós em janeiro deste ano e que depois disso se deslocou ao Japão para ter as primeiras discussões e se apresentar a todas as pessoas.”

“Não se muda da noite para o dia o método de trabalho”

“É um processo lento, não se muda da noite para o dia todo o método de trabalho mas sabemos que precisamos mudar. Sabemos que precisamos acelerar e de ser menos conservadores. Precisamos abrir a mente e principalmente a eficiência que trabalhamos num  teste ou fim de semana de corrida.”

“Podemos fazer muito melhor e o Max vai trazer-nos o seu conhecimento e experiência externa e trabalhará para criar, não o sistema Ducati, mas para criar um sistema Yamaha de nova geração.”

Jarvis enfatizou que Bartolini, anteriormente engenheiro de desempenho de veículos na equipa de fábrica da Ducati, recebeu um nível de autoridade técnica sem precedentes dentro de uma equipa japonesa de MotoGP.

O título oficial do italiano é ‘Diretor Técnico de Operações de MotoGP’, colocando-o no mesmo nível de Kazuhiro Masuda, líder do grupo de MotoGP da Yamaha e líder do projeto M1. As únicas pessoas acima de Bartolini são Masuda e o diretor de equipa Massimo Meregalli na hierarquia da Monster Yamaha.

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Ricardo Ferreira
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