MotoGP, KTM precisa de repensar radicalmente a moto para 2022

Por a 24 Janeiro 2022 15:34

Se recuarmos 12 meses, as perspetivas eram boas para a KTM. A equipa teve uma ótima época de 2020, vencendo três corridas, duas delas com a moto da equipa-satélite, e vinha para 2021 com o autor dessas duas vitórias, Miguel Oliveira, a juntar-se a Brad Binder na equipa de fábrica. Havia muito potencial, com alguns a falarem até da KTM como possível candidata ao título. Não foi assim.

As limitações do RC16 rapidamente foram visíveis, até porque a equipa arriscou de uma forma na natureza dos pneus da Michelin e a Michelin foi pelo outro caminho. Tudo isto resultou num mau início de época, que melhorou com a chegada de um novo chassis. Miguel Oliveira ganhou em Barcelona e Binder venceu no Red Bull Ring, embora a vitória do sul-africano se tenha devido mais a ter arriscado manter os pneus em condições de chuva do que à velocidade da moto. Mas depois Oliveira lesionou-se, Binder foi-se mantendo fora do top-6, e os pilotos-satélite (Iker Lecuona e Danilo Petrucci) também não tinham bons resultados.

“Já sabíamos do ano anterior que 2021 iria ser único, sobretudo porque tínhamos perdido as concessões. No geral, focámo-nos nos detalhes durante o desenvolvimento. Mas, pelas primeiras corridas, com pneus diferentes, percebemos que não era o suficiente. Procurámos uma solução, fizemos o que era possível para enfrentar a situação e sermos rápidos”, disse Sebastian Risse, diretor técnico da equipa.

Posto isto, é possível que os pilotos da KTM estejam bastante ocupados durante a pré-temporada. A temporada de 2021 não correspondeu às expetativas e, como diz o The Race, a moto precisa de ser radicalmente diferente, numa tentativa de que os resultados apareçam.

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