MotoGP, Jorge Martin: “O Bastianini só venceu uma corrida, e com pneus irregulares”

Até ao final da época, Martin esperava ser promovido à equipa oficial da Ducati, mas em vez disso, a empresa de Borgo Panigale preferiu confirmar Enea Bastianini. Agora o madrileno ameaça ‘bater com a porta’, caso esse seu desejo não se concretize em 2025.

 A temporada de Enea Bastianini de 2023, a sua primeira como piloto oficial da Ducati depois de um ano brilhante, foi pontuada por lesões. No primeiro Sprint do ano em Portugal foi vítima de uma queda feia devido a um contacto com Luca Marini e lesionou-se na omoplata e no ombro, falhando os quatro Grandes Prémios seguintes. O trabalho de harmonização com a nova equipa e a moto sofreu, seguindo-se outro revés em Barcelona, ​​onde sofreu uma lesão na fíbula e na mão, perdendo assim mais três provas. Uma temporada bastante difícil para o ‘Bestia’, ainda assim abrilhantada com a vitória em Sepang, na Malásia. Um sucesso que no entender de Jorge Martin , foi “trivial” e fácil de alcançar.

O espanhol foi o rival de Bagnaia pelo título e até ao final esperava poder ocupar o lugar de Bastianini na equipa de fábrica em 2024. Entretanto, Bastianini foi confirmado na Lenovo Ducati, mas se Martin tivesse sido campeão do mundo, talvez essa possibilidade se tivesse concretizado, embora o #89 não acredite muito nisso.

Entrevistado pelo site espanhol As.com, Martin disse: “Queria muito a equipa oficial e pressionei o meu empresário para que essa oportunidade acontecesse.  Acredito que ganhar o campeonato não tivesse mudado nada, mas pelo menos provava que merecia esse lugar”.

“Entendo que o Bastianini tenha sido retardado por lesões, mas só venceu uma corrida nesta temporada. Além disso, com uma pressão anormal dos pneus de 1,2 (portanto irregular). Assim eu também teria vencido…”

O objetivo do espanhol continua a ser ingressar numa equipa oficial. Melhor ainda se fosse exatamente com Ducati em 2025: “Seria ideal porque conheço a moto e as pessoas na Ducati, mas se não me quiserem vou procurar outra coisa”. Concluiu ‘Martinator’.

Ricardo Ferreira

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