MotoGP, Jorge Martin lança aviso à Ducati: “Se não me derem uma moto de fábrica, vou procurar noutra marca”

Por a 16 Junho 2022 17:44

O futuro de Jorge Martín parecia definido até algumas semanas atrás. Supunha-se que o piloto de Madrid acabaria na segunda Ducati oficial, ao lado de Pecco Bagnaia em 2023. Mas os atrasos da Ducati em confirmar esse lugar, estão a deixar o espanhol da Pramac desesperado.

Na realidade, Jorge Martin ainda é o grande favorito para ocupar essa posição, mas também é sabido que Enea Bastianini concorre a esse lugar. Um início de temporada complicado para o espanhol, com lesões prolongadas, logo após três vitórias de Enea Bastianini prolongaram o debate na Ducati por mais tempo do que Martín gostaria. Tanto que agora o piloto madrileno começa a pressionar publicamente a sua marca, sabendo que há outro grande construtor que o quer.

“Caso não tenha uma moto de fábrica da Ducati, vou procurar uma moto de fábrica de outra marca”, assegurou Martin numa entrevista recente ao site oficial do MotoGP. Não é preciso ser muito esperto para descobrir que a marca a que Martín se refere não pode ser outra senão a Honda. Aprilia, KTM e Yamaha já confirmaram as suas equipas de fábrica para a próxima época e a única moto oficial que ficou livre é a Honda do companheiro de equipa de Marc Márquez. Joan Mir mantém-se como uma das opções, mas ainda não foi confirmado, entre outras coisas, porque Alberto Puig está interessado na situação de Martín.

” O futuro parecia quase claro, mas agora parece que temos que entender onde estarei no próximo ano. Às vezes, pensando no futuro, é difícil administrar a pressão e estar 100% focado, mas aprendi que não se pode estar nervoso por coisas que não podemos controlar”, explica Martín.

Além disso há outros acontecimentos que indicam que algo pode estar errado entre a Ducati e Martín. Paolo Ciabatti, já deu a entender durante o último Grande Prémio da Catalunha que não tinha a certeza se Bastianini e Martín continuariam a ser  pilotos da Ducati, mesmo que tivessem chegado a um acordo verbal com ambos. Disse o diretor desportivo da Ducati na última corrida. Mas então, o que isto quer dizer?

“Se olharmos para os resultados, fica claro que Enea merece aquele lugar e eu não, mas se olharmos para este assunto mais a fundo, a história é muito diferente. Ele tem uma moto muito boa, é a moto com a qual fiz muitas coisas no ano passado”, conclui o espanhol. Assim, tudo indica que a Ducati espera apenas alguns bons resultados consecutivos de Martín para tomar decisões. No entanto, não é de excluir que em caso de muita demora, o espanhol comece a fazer as malas para dar o salto… para a Honda.

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Ricardo Ferreira
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