Jack Miller mantém a 100% os comentários que proferiu após o Grande Prémio da Alemanha, em que, sem falar em nomes, criticou os pilotos que se queixam das respetivas motos. O australiano diz que faz parte do trabalho dos pilotos melhorar as motos e trabalhar para chegar a melhores posições.
“Posso frasear o meu australiano um pouco melhor, mas claro que mantenho aquilo que disse. Somos todos pilotos de motociclismo, somos pagos para sermos pilotos de motociclismo, e se a moto não estiver como queres, és pago para repará-la, é o teu trabalho. Estas empresas gastam vários milhões de dólares a construir motos para várias pessoas, e isso não é saudável para o desporto. A Ducati está no topo depois de todas as dificuldades dos últimos 12 anos, não tiveram uma moto mágica do nada, trabalharam para sair de situações complicadas em 2011 e 2012 até chegarem onde estão agora, as pessoas esquecem-se disso. Muitas pessoas querem criticar uma moto que ganhou o campeonato há três ou quatro anos. És um piloto de motos e tens de vir aqui fazer o teu trabalho, não queixares-te da moto e falar mal da empresa que te paga muito bem. Não faz sentido, não é saudável para o campeonato ter toda esta negatividade. Há sempre motos que vão ser mais fortes, se queres dizer o quão má a moto é, qual é a imagem que passa da empresa e será que quer continuar no campeonato? Não falo com as empresas, mas, se fosse minha, será que eu queria estar envolvido numa coisa dessas? Não sei”, disse.
“Podem meter os nomes que quiserem, algumas pessoas dizem que têm uma má moto e não tenho dúvidas que a moto não esteja numa grande posição, podem meter os nomes que quiserem. Tive sorte em temporizar na perfeição a minha mudança? Não, quando fui para a Ducati, em 2018, não era a melhor moto do campeonato. Estava a melhorar e eu vi que havia grandes engenheiros envolvidos e vi a mesma coisa na KTM. Tem grandes engenheiros envolvidos e tem grande apoio da fábrica, temos conseguido elevar a moto para se tornar num pacote competitivo que só vai ficar mais forte. Tem mais a ver com a mentalidade e a atitude, se pensares que vais ter uma péssima moto, já foste antes de lá chegares. Claro que não é só isso, tens de saber trabalhar com os engenheiros. Se dissessem no ano passado, quando assinei com a KTM, que eu estaria agora nesta posição, a maior parte das pessoas estaria a rir-se se pensasse que éramos os únicos a desafiar realmente a Ducati. Mas se trabalhares, e o Brad está a fazer um trabalho fantástico, mantemos o objetivo”, referiu.
